quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo


Adeus ano velho! Adeus decepções, mágoas, dores. Adeus temores, ansiedade, angustias. Esse ano quero me despedir de algumas coisas que carreguei comigo durante anos. Quero dizer tchau e até nunca mais para o manequim 54 e que exigiam de mim procura em lojas especializadas.Tchau pras agulhas de insulina. pras metiforminas e glibenclamidas que muita me ajudaram mas das quais não sinto saudades. Quero dizer adeus para os rotulos adquiridos durante os anos em que pesei mais na balança. Quero dizer um tchau bem grande para os desconfortos do Diabetes. Não quero fazer teste pós prandial e nem curva glicemica. Me recuso a levantar durante a noite com muita sede. Bem vindo ano novo! Cheio de esperança e promessas. Bem vindo novo ano, com suas cores e luzes. Quero te receber com um coraçãoi aberto, novo, pronto para recomeçar. O que passou, passou. Só tem o hoje para mudar. Sei que o Ano novo é só mais um outro dia que tem esse nome, mas sei que ele traz um frescor de chuva no mato, de manhã de primavera , de dia feriado com sol . Estou aí, prontinho para recebe-lo. Pode vir, estou pronto e me comprometo a, guiado por Deus, viver um dia de cada vez.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Crise

173 dias pós cirurgia.
Estou me sentindo um pouco só. Depois de passar  algum tempo, o assunto não  interessa a ninguém e já se tornou chato. 
Me tornei mais introspectivo, às vezes e gente chata afasta os amigos. 
As pessoas gostam muito quando estamos em crise de bom humor. Crise de mau humor afasta.
Ninguém pergunta mais sobre o tipo de alimentação ou quer ouvir falar sobre isso. É um momento de solidão. É uma espécie de crise onde você só conta com você mesmo para ir em frente
Tenho que tomar cuidado para não "dar aula" de cirurgia bariatrica, as vezes me empolgo e falo muito.
Existem momentos difíceis onde o foco das atenções, que é a mesa da refeição não me interessa e isso me deixa um pouco a parte do grupo.
A escolha foi minha, ninguém tem nada que ver com isso. Não posso me esquecer e nem ficar auto-piedoso.
Tenho que olhar as vantagens: não tomo mais medicação para Diabetes e posso "escolher" à vontade roupas, pois a numeração privilegia os mais magros. Estou no lucro.
É só por um momento, vai passar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

SER FELIZ


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios,
Incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
E se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
Mas ser capaz de encontrar um oásis
No recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou
Construir um castelo...
Fernando Pessoa

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fim de Ano

Então é Natal, e o que você fez?

O ano termina, e nasce outra vez.

Então é Natal, a festa Cristã.

Do velho e do novo, do amor como um todo.

Então bom Natal, e um ano novo também.

Que seja feliz quem, souber o que é o bem.



O ano termina e nasce outra vez?!

Parece mesmo que tudo vai terminar.Compras de ultima hora (?) desde o começo do mês. A correria dos fechamentos, os prazos, as datas... O calendário dispara e nós não conseguimos respirar nessa avalanche de informações, noticias, relatorios e festejos. Tudo tem que ser resolvido para ontem, como se  gosta de falar. Tudo tem prazo muito curto. A sensação é de que não resistiremos a tal pressão. Uma montanha russa de dias que passam por nós violentamente ou nós é que passamos por eles?

Nesse emaranhado de ações acontecem os conflitos. Más respostas, agressividades, irritação e o estress está instalado.

Então é natal... e lá vamos nós de novo!Vestimos algo novo, colocamos um sorriso no rosto e seguimos em frente. Mas,nem sempre isso é possível.  Algumas pessoas são boas nisso e parecem saídas de um filme da televisão, desses que tudo é lindo, limpo e cheiroso. Conseguem se desconectar de uma ação e se plugar em outra rapidamente, sem deixar vestigios. Outras, não são tão descomplicadas assim e saem por ai arrastando consigo pesados fardos.
 Alguns precisam de um tempo para voltar o equilibrio e prosseguir. Um tempo para assimilar os ruidos da vida. Um tempo para digerir as angustias e transformar os limões em limonadas.   É preciso respeitar esse tempo que o coração precisa para encontrar a a razão.Cada um tem seu próprio caminho: a razão e a emoção. Achar o equilibrio: nem todo razão e nem todo emoção.
Talvez precisemos de um período Sabático em nossas vidas, um tempo para crecer.
Talvez o velho e bom Papai Noel já tenha se perdido na paisagem fria do nosso coração, no meio das montanhas das das decepções e frustrações. Talvez já tenha se consolidado na mente que esse  é só mais um dia, que nada vale à pena. Porque enfeitar a casa e presentear ? Celebrar o quê, se há mais derrotas que vitorias?
Vamos descobrindo dolorasamente que a vida nos cobra atitudes maduras e serias e que nem sempre devemos obedecer. Às vezes temos que fechar os olhos e saltar sem para-quedas.
Temos que crer que tudo vale a pena e que viver é melhor que sonhar e que vai dar certo. Talvez seja a hora de buscar o "caderninho" das bençãos e lembrar o que já temos vencido nesses anos todos.
Ainda vale a pena sonhar, sair à noite, andar na praça, olhar as luzes, sentir os cheiros do natal!
Descubra novos lugares, principalmente à noite. As luzes deixa tudo mágico! Respire fundo! Sorria! Deixe-se  contagiar, Afinal é Natal e o ano termina mas... começa outra vez.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Escada

Na escola que eu estudava, quando pequeno, tinha uma escada lateral muito alta. Era tão alta que escorregar no seu corrimão encerado era uma aventura para poucos. Eu sempre escorregava no corrimão do lado esquerdo  o pois era protegido pela parede , mas o que ficava do lado direito era muito perigoso. Cada vez que eu descia me sentia vitorioso. Quando cresci um pouco mais me arrisquei na escada que só desciam os meninos da 5ª série. O tempo passou e eu, numa crise de nostalgia, fui passear, numa manhã de domingo, na praça que fica em frente aquela escola. Que estranho acho que reformaram a escola, não é possível que essa escadinha mixuruca era aquela da minha memória.. Só nove degraus? Que que é isso? Não pode ser.

 O lixo na volta, o mato crescido,  a pintura desbotada ... O piso encerado agora pintado de grafite nem dá mais para escorregar. Os sonhos se foram junto com a fotografia. 
A vida havia continuado e o tempo já era outro.
O menino escorregando medroso havia crescido e seus sonhos também agora eram outros: Eram sonhos que se transformavam em necessidades, pessoas esperavam por ele, não tinha mais tempo de subir e descer. Agora era só subir e não dava mais para voltar atrás. Os degraus da oportunidade se apresentavam a seus pés e assim eram feitas as escolhas, rapidamente. Tudo tinha prazo de entrega. Cada degrau era apresentado e às vezes não se conseguia ver o próximo, isso era o jogo: pra  saber se deu certo tem que subir o próximo degrau. Alguns mais dificeis de subir e outros aparentemente mais fáceis. Não há outra opção , é subir e subir e subir.. De vez em quando há paradas para se tirar o mato, encerar o piso, melhorar o visual. Não há lugar para o comodismo e háa oportunidade de melhorar o caminho a ser pisado. A decisão é sempre sua.   Descobrimos que existem coisas que não podem ser mudadas, mas também percebemos que podemos melhorar outras. A Escada estará lá , firme, desafiadora, esperando os passos e nós tomaremos a decisão de dar esses passos, um de cada vez e outro e mais outro e com essa decisão estamos, cada vez mais, indo em direção ao alto e sem perceber já não somos os mesmos até que, sem perceber, notamos que aquele momento que era tão dificil e intransponivel foi vencido e agora são outros os desafios. O tempo não para. Alguns precisam que demos as mãos para ajudar na subida. Vamos lá, sem esmourecer. Outros ficam a vida toda escorregando no cantinho protegido, evitando subir. Um dia seremos chamados para o ultimo degrau e enfim teremos chegado no nosso verdadeiro lar.

sábado, 6 de novembro de 2010

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

Estive pensando na vida e como perdemos tempo tentando ser adequados. Temos que ir na festa que nos convidam, usar a roupa adequada, falar o que é  politicamente correto. Temos que nos comportar conforme a situação exige. Tem dias que faço isso muito bem e tem dias que tenho vontade de arrancar o sapato e sair na metade da reunião. As pessoas esperam muito de nós e nós esperamos muito delas.Esperamos que o outro nos dê a felicidade que esperamos. Ora bolas, ninguém tem obrigação de ser legal "All Time", todo mundo é chato vez em quando e cabe a mim  sair de cena quando não estiver gostando. Preciso parar de ser agradador e pensar se quero ou não fazer o que estão me propondo. Existem coisa que são inevitáveis para mim e para os outros e existem coisas que educadamente podemos recusar, sem que isso se torne uma tragédia.   Mario de Andrade descobriu há muito tempo que tudo isso é uma grande bobagem. 
Mário de Andrade
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando
seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis
sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso
cargo de secretário-geral do coral.
‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa…
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se
considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

(Mario de Andrade (1893 – 1945)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nutrição e Cirurgia Bariátrica

Nutrição e Cirurgia Bariátrica


Após a cirurgia bariátrica, que tem como objetivo principal a melhora da qualidade de vida através da perda de peso, a nutrição tem um papel importante porque a quantidade e o tipo de alimentos a serem consumidos devem ser limitados.

O objetivo do acompanhamento nutricional é buscar o bem estar físico e emocional, através da seleção dos alimentos que contenham os nutrientes mais saudáveis e que estejam adequados às necessidades de cada indivíduo para que a rápida perda de peso não leve à desnutrição.

De maneira geral, a principal mudança na alimentação após a cirurgia é uma diminuição importante na quantidade de alimentos consumidos diariamente devido a redução do estômago. Porém, outros cuidados com a alimentação são fundamentais. Pode-se dividir o cuidado com a alimentação em cinco fases após a cirurgia:

1º fase – fase da alimentação líquida: esta fase compreende as duas primeiras semanas após a cirurgia e caracteriza-se com uma fase de adaptação. A alimentação é liquida e constituída de pequenos volumes (em torno de 50 mL por refeição) e tem como principal objetivo o repouso gástrico, a adaptação aos pequenos volumes e a hidratação. Como conseqüência da alimentação liquida, a perda de peso é bastante grande nestas duas semanas, devendo-se introduzir o uso de complementos nutricionais específicos para evitar carências de vitaminas e de minerais. A orientação nutricional deverá ser iniciada pelo médico e nutricionista já no hospital, antes da alta hospitalar.

2º fase – fase da evolução de consistência: de acordo com a tolerância e as necessidades individuais, a alimentação vai evoluindo de liquida para pastosa com a introdução de preparações liquidificadas, cremes e papinhas ralas. A evolução de cada paciente é variável de forma que a escolha de cada alimento deve ser acompanhada cuidadosamente para evitar desconforto digestivo como dor, náuseas e vômitos, esta fase tem um tempo de duração diferente para cada indivíduo porém, em média, dura em torno de 02 semanas.

3º fase – fase da seleção qualitativa e mastigação exaustiva: passado o primeiro mês após a cirurgia, inicia-se uma fase onde a seleção dos alimentos é de fundamental importância pois, considerando que as quantidades ingeridas diariamente continuam muito pequenas, deve-se dar preferência aos alimentos mais nutritivos escolhendo fontes diárias de ferro, cálcio e vitaminas. O paciente deverá receber um treinamento para reconhecer quais são os alimentos mais ricos neste nutrientes de forma a ficar mais independente para escolher as principais fontes de minerais e vitaminas encontradas nas suas refeições diárias. Como a alimentação passa a ser mais consistente deve-se mastigar exaustivamente. A duração desta fase também varia individualmente e dura em média 01 mês.

4º fase – fase da otimização da dieta: nesta fase a alimentação vai evoluindo gradativamente para uma consistência cada vez mais próxima do ideal para uma nutrição satisfatória. Geralmente, esta fase ocorre a partir do 3º mês após a cirurgia quando, quase todos os alimentos começam a ser introduzidos na alimentação diária. O cuidado com a escolha dos alimentos nutritivos deve continuar pois, as quantidades ingeridas diariamente continuam pequenas. Nesta fase o paciente pode ser capaz de selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Somente não são tolerados alimentos muito fibrosos e consistentes.

5º fase – fase da adaptação final e independência alimentar: esta fase deve acompanhar o paciente a partir do 4º mês e , como nas fases anteriores, também evolui de acordo com as características individuais podendo iniciar-se um pouco antes ou um pouco depois do 4º mês. A partir desta fase, um acompanhamento periódico faz-se necessário somente para o acompanhamento da evolução de peso e levantamento de informações para identificar se existem carências nutricionais como, por exemplo, a anemia. O paciente já tem bastante segurança na escolha dos alimentos e está apto a compreender quais são os alimentos ricos em proteínas, glicídios e lipídios, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina C, folatos além de outras propriedades nutricionais.



ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES



O CONSUMO DE LÍQUIDOS. A rápida perda de peso leva a uma aumento transitório dos níveis de ácido úrico na circulação. Quando a hidratação não é suficiente poderá haver formação de litíase renal (pedra nos rins). Por este motivo o consumo de líquidos deve ser monitorado para evitar que a urina fique muito concentrada.

Mesmo sem sede deve-se então consumir líquidos?

Sem dúvida. O consumo de líquidos deve ser constante, independente da sede.

A ESCOLHA DE ALIMENTOS RICOS EM FERRO. Dentre os alimentos mais fibrosos e de aceitação mais tardia está a carne vermelha. Enquanto ela não for introduzida na alimentação, o nutricionista deverá orientar o paciente sobre outras fontes de ferro presentes na alimentação.

Deve-se escolher alimentos fontes de ferro para consumo todos os dias?

Sim. O consumo de alimentos riscos em ferro deve ser constante, principalmente se não for possível consumir carne vermelha.

A INTOLERÂNCIA AO AÇÚCAR. O consumo de alimentos açucarados deve ser evitado por dois motivos: 1º porque o valor calórico é elevado e 2º, dependendo da técnica cirúrgica, poderá haver Síndrome de dumping. Uma avaliação da tolerância ao açúcar poderá ser feita desde que acompanhada cuidadosamente pelo nutricionista.

Mesmo o consumo de uma pequena quantidade de açúcar pode levar à Síndrome de Dumping?

No caso da cirurgia de Capella sim. Apesar de nem sempre ser assim, às vezes o consumo de 01 bala pode desencadear o processo.

O RITMO DE EMAGRECIMENTO. A perda de peso é muito intensa principalmente durante as duas primeiras semanas após a cirurgia. O ritmo acelerado de emagrecimento continua a ser observado até o terceiro mês e , a partir de então, passa a ser mais lento. Este é um processo natural de adaptação fisiológica que faz com que o organismo passe a gastar menos energia diariamente para evitar que a perda de peso rápida e permanente leve à desnutrição e aos conseqüentes riscos à saúde como a queda da resistência à infecções, desmineralização óssea, dentre outros.

Há alguma maneira de melhorar o ritmo de perda de peso nesta fase?

A melhor forma é a atividade física regular. O exercício faz com que o organismo gaste mais energia, o que ajuda a perder peso, além de trazer uma sensação de bem estar e relaxamento. Entretanto, deve-se procurar orientação médica para a avaliação do momento adequado para iniciar o exercício e também para a escolha do melhor tipo de atividade a ser realizada.

Não seria interessante também voltar a fazer dieta líquida como nas duas primeiras semanas após a cirurgia?

Não. Este tipo de prática nesta fase pode debilitar seriamente o organismo.

A NECESSIDADE DO USO DE COPLEMENTOS DE MINERAIS E DE VITAMINAS. Toda vez que as calorias da dieta são inferiores a 1250 Kcal ao dia é necessário complementar vitaminas e minerais. No caso da cirurgia bariátrica, o valor calórico da alimentação se aproxima de 350 kcal nas primeiras semanas e continua inferior a 1250 kcal no mínimo até o sexto mês após o inicio do tratamento. Principalmente durante este período, a complementação é indispensável.

Os complementos podem engordar?

Não. Vitaminas e minerais não produzem calorias.

Que alimentos poderiam prejudicar a perda de peso?

Um consumo excessivo semelhante ao anterior à cirurgia não ocorre porque o estômago não pode receber quantidade elevadas de alimentos. Entretanto, a alimentação em pequenas quantidades pode Ter um valor calórico alto quando é rica em lipídios (gorduras). Toda gordura tem um valor calórico elevado independente da fonte (óleo, azeite, margarina, manteiga) por isto é sempre recomendável evitar o consumo habitual de receitas que levem gordura na sua preparação.

Nutricionista responsável - Renata Valentini

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aspectos Psicologicos da Cirurgia

Existe nos obesos mórbidos um aspecto compulsivo que os leva a repetir até mesmo aquilo que gostariam de evitar. Querem comer menos, mas parece existir uma força na forma de um “mando impositivo”, exigindo que comam. Não sabem o “por que”. Muitas vezes nem estão com fome. Mas precisam comer.




Muitos autores defendem a idéia de que a própria constituição do homem restringe a possibilidade de uma felicidade total. E que por mais tentador que seja ter a satisfação irrestrita de todas as necessidades, isso significa colocar o “prazer” antes da “obrigação”. Na obesidade mórbida não seria apenas o prazer que move o comportamento. Em muitos momentos esses sujeitos realmente lidam com algo que de alguma forma dá prazer ou acalma; como a comida.



Mas em muitas situações, o ir contra alguma coisa serve como uma afirmação da liberdade. A briga, o chamado conflito em nós, entre alguma coisa que você quer fazer, seja porque dá prazer, ou simplesmente porque você “tem vontade” e algo que você deveria fazer. Por isso muitos comportamentos que não conseguimos abandonar estão ligados a nossa liberdade. Aquela afirmação: “Eu não quero me sentir obrigada à...”. Esta ligação entre ter prazer e liberdade é bastante significativa. Toda forma de liberdade traz consigo certo prazer. Mas o que acontece neste caso, é que fica faltando ao obeso mórbido à dimensão de um ponto de basta, de limite, de contenção que deve existir para evitar conseqüências desastrosas.



Freud afirma que a civilização se constitui sobre a renuncia do instinto. Uma das exigências para haver civilização é a garantia de que deva haver lei, que não poderá ser violada em detrimento de um, mas para a qual todos contribuem ao preço do sacrifício dos seus instintos.



Usando esta maneira de pensar, saindo de um modelo macro de civilização e caminhando para um modelo micro individual. A mesma idéia pode ser aplicada ao obeso mórbido. Sem lei, somente com liberdade e/ou prazer. O organismo humano se desestabilize da mesma forma que uma civilização sem normas. Comer o que se quer, na quantidade que se quer, a hora que se quer. È não ter lei. Por isso as cirurgias (bariátricas) de redução da capacidade do estomago funcionam não penas pela “restrição física” que impõem. Já que mesmo com a capacidade do estomago reduzida, a “engorda”, ou o “não emagrecimento”, seriam possíveis, pelo tipo de alimento que a pessoa poderia ingerir. Como “tomar” leite condensado. Fácil de ser consumido e extremamente calórico.



Estas cirurgias funcionam além da restrição física que impõem, também pelo seu caráter de lei. Lei psicológica. As cirurgias de caráter restritivo funcionam como a lei. Que se de um lado nos beneficiam, de outro nos restringem de alguma forma.



O sentimento de culpa também pode funcionar como uma lei. Mas muitas vezes parece não ter tanta força. Porque mesmo com este sentimento a grande maioria dos indivíduos não deixa de repetir o comportamento que gostariam de evitar. O alimento como tem em si um forte apelo de prazer imediato acaba inibindo a restrição alimentar. A culpa resultante do excesso de alimento é apaziguada pelo prazer que o ato de comer traz, deslocando assim o sentimento de culpa, e por sua vez impedindo a inibição do comportamento.



Após a cirurgia bariátrica o paciente deve entender é que ter leis e segui-las não irá restringir a sua liberdade. O seu comportamento “sem lei” é na verdade sua verdadeira “prisão”. Ele é aparentemente livre, por não se impor seguir certas leis. Porem é escravo de outros comportamentos. O ato de se comer o quer, na quantidade que se quer e na hora que se quer. Também vira uma lei. A lei do “pode tudo”.



Texto: Valéria Lemos Palazzo Psicóloga CRP 06/35173

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Retorno

Estive ontem na UNICAMP para consulta com a nutricionista. Estou bem e a minha dieta alimentar tem fucionado. As vezes encontro alguma dificuldade com a alimentação e sobre isso questionei com ela. A orientação que recebi é que agora, depois de quase quatro meses, eu já posso me alimentar quase que normalmente devendo apensa continuar com alguns cuidados. Devo evitar comida gordurosa e muito calórica, excesso de doces e refrigerantes. Não posso me esquecer que udo o que engordava no passado continuará a engordar agora. O fato de não mais ter o indice alto de Glicose no sangue e me libertar totalmente dos remedios para Diabetes não devem me enganar e me fazer consumir doces e guloseimas. Devo me alimentar seis vezes ao dia e ser cuidadoso com a qualidade de minha alimentação, nem sempre não comer muito significa comer corretamente; os alimentos tem funções específicas e precisamos considera-las para o bom funcionamento dos nossos orgãos.  Existe o grandec risco de voltar a engordar se não tomar conta da alimentação. Ainda é  minha a responsabilidade de administrar o meu novo corpo Não existe sorte, existe esforço e perseverança. Não posso desprezar nenhum tipo de alimento e tentar "substituir" por outro que não seja do mesmo grupo alimentar, cada refeição é  uma construção e precisa de tijolos, cimento e pedreiro, só os tres juntos funcionam bem. Não posso fazer essa construção sem um dos componentes. Na alimentação é a mesma coisa

OS GRUPOS




Grupo 1:

Na base da pirâmide, estão os alimentos Energéticos ricos em carbohidratos, que são responsáveis pelo fornecimento da maior parte das energias de que precisamos.



Grupo 2:

No segundo degrau da pirâmide estão os alimentos reguladores,

ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água.

São as Hortaliças, as verduras.



Grupo 3:

As Frutas e os sucos de frutas naturais, também são alimentos reguladores, ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água.



Grupo 4:

No terceiro degrau estão os alimentos construtores, ricos em proteínas e cálcio, ferro e zinco. Esse grupo também possuí açúcar e gorduras.

proteína, cálcio, ferro, e zinco.

São eles: o leite, os derivados de leite, queijos, bebidas lácteas etc,





Grupo 5:

Alimentos construtores ricos em proteínas e cálcio, também possuem gorduras e colesterol, além de ferro e zinco.

São as Carnes e ovos;





Grupo 6:

Esse grupo encerra o grupo dos alimentos construtores, que são ricos em proteínas e fibras, além de cálcio, ferro, zinco e vitaminas. A vantagem desse grupo é que possuem alimentos que oferecem calorias, através do colesterol bom, sem prejudicar a saúde. Além de proteínas específicas, como a Isoflavona que é encontrada na Soja e que ajuda a combater várias doenças.

São as leguminosas: Feijão, soja, ervilha, etc.



Grupo 7: Óleos e gorduras; 120 kcal;

No último degrau da pirâmide estão os alimentos energéticos, ricos em calorias e colesterol. São importantes. As gorduras e o colesterol transportam as vitaminas A, D, E, K. Mas devem ser consumidas em pequenas quantidades.

São os óleos e a gorduras.

São indicadas 2 porções.



Grupo 8: Açúcares, balas, chocolates, salgadinhos; 80 kcal;

São alimentos energéticos que provêem muita calorias e poucos nutrientes. Devem ser consumidos com moderação.

São eles: Açúcares, balas, chocolates, salgadinhos.

Fontes: Universidade de Brasília.

Entrevista SBT Dr.Chain


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Só por hoje





Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitarem.
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
Eclesiastes 3: 1 a 12

A vida nos mostra o quanto isso é verdade nas situações do cotidiano. Há tempos em que os amigos são super colados e sentimos que nada e ninguém vão nos separar e no momento seguinte existe um hiato que, sem explicação, parece que nunca mais seremos os mesmos outra vez. As separações, ainda que provisórias, nos fazem refletir quanto é efêmera nossa vida. Nos faz saber que nada nos pertence e não pertencemos a ninguém. Nos faz lembrar que o hoje é apenas o que temos. O ontem se foi e o amanhã ainda não existe.
Foi nos dado o poder de construir nossa historia no dia de hoje. Só hoje e só por agora. Não podemos planejar porque o nosso coração pode fazer planos e até se preparar mas o realizar não nos cabe.  Até nos sentimos senhores das situações, adultos, estudados, preparados mas o amanhã nem sabemos se virá e os nossos planos terão que ser cancelados. Nem adianta preparar o plano B, porque desse também não somos donos. Os nossos planos não garantem o sucesso das nossas realizações. Se fizermos ou deixamos de fazer é porque nos foi permitido assim. Claro que temos que nos preparar para cada coisa da nossa vida: trabalho, casamento, realizações pessoais. Até para não fazer nada temos que nos preparar  mas não temos a garantia de que vai dar certo. É tão comum ouvirmos frases como essas: Não esperava por isso! Bem hoje que queria fazer tal coisa aconteceu isso!.  Então fica para a próxima. E quem garante que haverá a tal da próxima? 
Nossa vida é cheia de surpresas. O nosso nascimento foi cheio de surpresas. Todos os dias saímos da nossa zona de conforto e até imaginamos o que nos espera, mas nunca temos a certeza de como será o nosso dia.  
Só por hoje vou dizer que te amo. Só por hoje não vou reclamar e te ajudar. Só por hoje vou sair do meu orgulho e te procurar. Só por hoje não vou me entregar aos desejos do meu coração. Só hoje vou relevar e te aceitar.
Só hoje vou seguir a minha dieta. Só hoje vou responder meus e-mails. Só hoje vou ligar para aquela tia que não está bem de saúde. Só hoje vou ficar bonito, vou fazer a barba, vou escolher uma roupa legal e vou te chamar para sair. Só hoje. Amanhã quando o sol nascer e os passarinhos fizerem a algazarra no meu quintal eu saberei que tenho outro hoje para começar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

85 DIAS e tudo bem


São agora 85 dias de pós cirurgia. Parece que nessa altura o corpo e a cabeça já se acostumaram com a nova situação. Engano. Cada dia é um novo dia. Tem dias que tudo vai bem e tem dias em que nada vai bem.   Alimentação continua sendo um mistério ainda pois, às vezes, a mesma comida que foi bem aceita provoca uma reação estranha. Não posso nunca relaxar na preparação. Alimento requentado nem sempre é bem aceito. Arroz tem que ser fresquinho. Carne deve ser cozida e os outros alimentos vamos descobrindo no dia a dia. O fato é que o enfoque da vida não é mais a comida. Hoje consigo administrar bem essa"neura" de querer mais do que posso. Como para me alimentar. Me alimento com a comida que escolhi e assim a minha relação com ela fica mais interessante. Consigo circular bem nos ambientes em que há muita comida sem que eu me sinta privado e agredido. Claro que de vez em quando a cabeça entende que pode tudo e exagera no comando das mãos e acabo me excedendo na composição do prato o quer resulta em sobra. Hoje tem sido mais tranqüilo ir a uma festa e reuniões porque não me sinto culpado em apreciar uma fatia de bolo ou uma torta. É muito bom poder abandonar a culpa.Tudo exige paciência e controle. Não posso me jogar somente nas situações, tenho que me preparar para elas. Isso dás trabalho mas o resultado é delicioso.  

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Natureza nos brinda diariamente

Não resisti. Hoje, quando fui levar minha filha para a escola e passei por essa rua, tive que voltar e buscar a câmera fotográfica.É um espetaculo lindo demais para ficar só na minha mente, preciso compartilhar. Deus é incrivelmente criativo e caprichoso. Pare um pouquinho para "saborear" das coisas lindas que existem na sua volta. Isso não tem preço.
Bom dia!

sábado, 11 de setembro de 2010

De onde vêm os conflitos, Correndo atrá do vento

Hoje estava lendo um artigo sobre conflitos e o autor falava de algumas coisas que nos levam à area dos conflitos. Uma dessas coisas é o desejo de ser reconhecido.
 Todos nós temos um desejo de ser reconhecidos e aprovados pelas pessoas. Precisamos saber que estamos adequados ao mundo que vivemos e freqüentamos e para isso estamos dispostos a pagar algum preço para ser aceitos. Se analisarmos bem algumas grifes nem são tão maravilhosas assim, mas, se todos aprovam e fulana de tal usa, acabamos aceitando como sendo uma coisa boa.
Recentemente tivemos um experiência com isso. Nossa filha ganhou um relógio de uma grife famosa de calçados que, claro, não é especialista em relógios. Depois de uns poucos dias de uso quebrou e a tal  loja não assumiu nenhuma responsabilidade dizendo que não poderia dar garantia pela pulseira do o produto. Entrei no Site e expus minhas razões mas, ponto final não fizeram nada a respeito.  Quando ela ganhou tivemos a ilusão, pela embalagem muito bem feita de que era um super presente visto que tinha aquela grife gravada no seu mostrador. Mera ilusão, se fosse comprada em qualquer loja popular teria o mesmo valor e durabilidade mas, a grife dava o glamour que diferenciava dos outros. 
Somos enganados pela aparência das coisas. Queremos, e as vezes fingimos não querer, ser reconhecidos pelo bom gosto daquilo que ostentamos. Nosso celular, nossa bolsa e sapato, nosso perfume. O tipo de queijo e vinho que apreciamos, qual creme e shampoo que nos fazem bem e assim por diante Queremos que vejam que temos  "bala na agulha". Não somos o que somos, somos o que temos.
Muitas vezes não viajamos simplesmente porque queremos descansar e ajuntar boas lembranças dos nossos companheiros. Viajamos para narrar aos outros o destino.Queremos saber o roteiro da moda e nos falat coragem de montar o próprio roteiro.Quem vai querer saber que fiquei num chalé em "Sorococó da Serra"  com meu amorzinho ? Queremos o melhor e esquecemos que vamos juntos conosco em todos os lugares e muitas vezes somos péssimas companhias e o passeio se torna enfadonho e triste.
Somos escolhidos pela tendência e nem temos coragem de escolher o que queremos. A Televisão dita a tendência da moda e a apresentadora assume o papel de juiz para decidir quais roupas ficam nos nosso armários. Há uma forte pressão em globalizar o gosto. Ficamos  com medo de expressar que a calça saruel é esquisita e não é para todos que fica bem. Que a cor nude é sem graça e que hoje eu quero é comer pastel de feira.  É bem complicado ser aceito. É bem difícil nadar contra a maré. 
Essas coisas todas nos escravizam e nos obriga a uma busca insaciável  por uma satisfação que nunca acontece.
Fazemos da nossa vida uma vitrine e ficamos frustrados quando não conseguimos atingir os altos sonhos e expectativas que traçamos para nos mesmos. Se somos tachados de felizers e engraçados temos que representar esse papel "All Time". Tem que ser feliz tempo todo, tempo integral. Não dá para ficar depressivo e amuado. Gente baixo astral não atrai ninguém. 
Perdemos o gosto pelo simples. Não sabemos mais andar na chuva, comer pipoca, fazer pick nick, andar a pé, morrer de rir. Parece discurso de pobre idealista, mas até Salomão fala disso em Eclesiates e chega a conclusão de que é tudo como correr atrás do vento.


Versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)

Eclesiastes - cap. 1

Eclesiastes 1:1 São estas as palavras do Sábio, que era filho de Davi e rei em Jerusalém.
Eclesiastes 1:2 É ilusão, é ilusão, diz o Sábio. Tudo é ilusão.
Eclesiastes 1:3 A gente gasta a vida trabalhando, se esforçando e afinal que vantagem leva em tudo isso?
Eclesiastes 1:4 Pessoas nascem, pessoas morrem, mas o mundo continua sempre o mesmo.
Eclesiastes 1:5 O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez.
Eclesiastes 1:6 O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar.
Eclesiastes 1:7 Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez.
Eclesiastes 1:8 Todas as coisas levam a gente ao cansaço - um cansaço tão grande, que nem dá para contar. Os nossos olhos não se cansam de ver, nem os nossos ouvidos, de ouvir.
Eclesiastes 1:9 O que aconteceu antes vai acontecer outra vez. O que foi feito antes será feito novamente. Não há nada de novo neste mundo.
Eclesiastes 1:10 Será que existe alguma coisa de que a gente possa dizer: "Veja! Isto nunca aconteceu no mundo"? Não! Tudo já aconteceu antes, bem antes de nós nascermos.
Eclesiastes 1:11 Ninguém lembra do que aconteceu no passado; quem vier depois das coisas que vão acontecer no futuro também não vai lembrar delas.
Eclesiastes 1:12 Eu, o Sábio, fui rei de Israel, em Jerusalém.
Eclesiastes 1:13 E resolvi examinar e estudar tudo o que se faz neste mundo. Que serviço cansativo é este que Deus nos deu!
Eclesiastes 1:14 Eu tenho visto tudo o que se faz neste mundo e digo: tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento.
Eclesiastes 1:15 Ninguém pode endireitar o que é torto, nem fazer contas quando faltam os números.
Eclesiastes 1:16 E pensei assim: "Eu me tornei um grande homem, muito mais sábio do que todos os que governaram Jerusalém antes de mim. Eu realmente sei o que é a sabedoria e o que é o conhecimento."
Eclesiastes 1:17 Assim, procurei descobrir o que é o conhecimento e a sabedoria, o que é a tolice e a falta de juízo. Mas descobri que isso é o mesmo que correr atrás do vento.
Eclesiastes 1:18 Quanto mais sábia é uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre.

  
.... e assim vai o texto até que ele chega a conclusão que tudo passa. 
Os conflitos estão dentro do nosso coração. Ninguém pode ser responsabilzado pela nossa alegria.É decisão diária de ser feliz. Vivendo bem com o que se tem. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diabéticos usam menos remédios após cirurgia bariátrica

De acordo com um artigo publicado na edição de agosto do jornal Archives of Surgery, a cirurgia bariátrica pode estar associada com a redução de medicamentos e, consequentemente, de custos para pacientes com diabetes tipo 2. Durante um período de quatro anos, entre 2002 e 2005, o autor do estudo Martin A. Makary, juntamente com sua equipe da Johns Hopkins Bloomberg Scholl of Public Health, em Baltimore, nos Estados Unidos, estudou 2.235 adultos diabéticos tipo 2, com idade média de 48 anos, que foram submetidos a cirurgias bariátricas. A pesquisa utilizou as reivindicações dos pacientes para medir o uso de medicamentos para diabetes e as mudanças com os gastos em saúde por ano, antes e depois da cirurgia. 
Entre os pacientes avaliados, 85% estavam tomando pelo menos um medicamento para diabetes depois da cirurgia. Seis meses depois da cirurgia, 74,7% dos pacientes haviam eliminado seus medicamentos para diabetes. Já um ano após a cirurgia, dos 1.847 pacientes com dados disponíveis, 1.489 eliminaram as medicações. Depois de dois anos, 906 dos 1.702 pacientes com dados disponíveis tinham feito o mesmo. Essa redução foi observada em todas as classes de medicamentos para diabetes. 

Segundo Makary, foi observado que esta independência dos medicamentos para diabetes foi quase imediata nos meses iniciais depois da cirurgia e não tiveram relação com a perda de peso gradual esperada. "Isso apoia a teoria que a resolução do diabetes não é apenas pela perda de peso, mas também é mediada por hormônios gástricos, como os três maiores indicadores: peptídeo YY, peptídeo Glucagon e polipeptídeo pancreático", explica o pesquisador. Ele completa, "Como um conhecido mediador de regulação da insulina, os níveis do peptídeo Glucagon aumentaram imediatamente após a cirurgia bariátrica e podem explicar por que os cirurgiões têm notado o completo desaparecimento do diabetes, em alguns casos".  
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada cinco segundos, uma pessoa descobre que tem diabetes. Estima-se que mais de 246 milhões de pessoas no mundo já tenham a doença, existe a previsão de que até 2025 este número suba para 380 milhões. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes, estima que aproximadamente sete milhões de pessoas, com mais de 18 anos, têm a doença. A entidade mapeou o perfil dos diabéticos no país através de um estudo, e constatou que cerca de 11% dos brasileiros são diabéticos e o pior de tudo é que 60% não sabem que têm a doença. 
Extraido de www.minhavida.com.br

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)

O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

Continue andando

Às vezes o caminhar é lento, mas o importante é não parar.

Mesmo um pequeno progresso é um avanço na direção certa. E qualquer um é capaz de fazer um pequeno progresso.

Se você não pode conquistar algo importante hoje, conquiste algo menor. Pequenos riachos se transformam em rios poderosos.

Continue em frente. O que de manhã parecia fora do alcance, pode ficar mais próximo à tarde se você continuar em frente.

O tempo que usar trabalhando com paixão e intensidade aproximará você do seu objetivo.

É bem mais difícil começar de novo se você pára completamente. Então, continue em frente. Não desperdice a chance que você mesmo criou.

Existe algo que pode ser feito agora mesmo, ainda hoje. Pode não ser muito, mas fará com que você continue no jogo.

Caminhe rápido enquanto puder. Caminhe lentamente quando for preciso.

Mas, seja o que for, continue andando.

Esse texto não é meu,mas gostei dele.

Estamos indo.Continuando a caminhada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Reecontro

Agora estou conseguindo me olhar de frente. Estou me reencontrando.
Existe na mente uma figura pré estabelecida ou construída de quem você realmente é. Não adianta espelho, pessoas dizerem e nenhum outro tipo de informação. Você é o que pensa que é.
É certo que foi construída essa imagem ao longo dos anos; Comentários, observações esquisitas, o seu próprio sentimento de amor equivocado e outras coisa mais. Chega um momento que você resolve "colar" o rotulo: Eu sou assim. Enquanto isso não acontece você vai lutando contra a maré e escapa daqui, foge dali mas, sobrevive. Comprar roupa só porque tem um evento e a frustração é demais. Provador apertado e o numero não condiz com a peça que você gostou.  Começa achar normal ser motivo das piadinhas.
Primeiro é porque não namora? Depois é não vai casar? Não tem filho? Chii, esse cara é esquisito.É gordo. É muito magro. Está doente? Qual é a dele(a)?
O assunto que une as pessoas, no caso dos homens, é futebol e no caso de você nem ligar pra isso é um outro fator determinante de quem você é ou não é.
 Dá um grande trabalho viver dando explicações e justificando as más atitudes. Explosivo, pavio curto e outros tantos "atributos" que são agregado a essa criatura. 
Ai então, você se olha numa foto e fala: Té que cê não é ruim não? E ai pronto, ´um outro momento e a vida recomeça de uma maneira diferente.
Se vai passar esse momento de descoberta  não sei, por enquanto estou achando ótimo. Então vamos vivendo um dia de cada vez.

sábado, 28 de agosto de 2010

Olhando para o alto

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” - Colossenses 3:1-3
As vezes não enxergamos as coisas de maneira correta, olhamos só onde nossa miopia alcança  Esquecemos que existe outra verdade e essa é que nos espera: O céu
Hoje chegando em casa olhei para o céu e me lembrei que existe coisas bem maiores e que estão acima de mim e resolvi compartilhar o que fotografei.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Perigo a vista

Hoje é um dia como outro qualquer. Um dia comum. Não é véspera de nada. Não é final de semana. Não é Natal e nem meu aniversário. É somente um  dia .
De repente me peguei indo várias vezes à cozinha. Fome? Não. Necessidade de mastigar algo. Isso é perigoso, preciso tomar cuidado. Devagarinho o velho hábito quer se reinstalar. Preciso me centrar e olhar para o alto. Não posso me distrair com as pequenas derrotas. São 58 dias de nova vida. Tenho que reagir. Estou me deixando levar pela ociosidade e isso não é nada bom. Essa semana ainda não sai nenhum dia para caminhar. Aliás é isso que vou fazer agora mesmo. Hoje escutei algo legal assim:
Você pode escolher ficar derrotado se quiser, mas não é certo deixar quer outras resolvam isso por você.
Nada e nem ninguém pode nos deixar abatidos.A decisão de ir em frente é sempre minha. Não há culpados eu resolvo quem quero ser e como vou viver.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Como nossos Pais


Hoje minhas quatro irmãs vieram me visitar. Estão aqui hospedadas. Está sendo muito bom. Cozinhamos juntos, fomos fazer compras e voltamos aos velhos tempos. Olhamos algumas fotos e descobrimos que o tempo não para. Eram outros tempos e neles vivemos e fomos felizes. Tempos de descobertas, tempos de aprendizado. Não saibamos nada da vida e achávamos que tudo ia dar certo e que liberdade era uma calça velha azul e desbotada. Incrível era usar calça boca de sino e bolsa hippie de couro com franja.Tinhamos uma visão tão curta de mundo.Beatles, The Monkes, As Paneteras. Outros idolos, outros amores.
Eu era fascinado por uma "manequim", assim se chamavam as modelos da época. Não era Naomi ou Gisele,  , seu nome: Dorothe Marie Bowier.Ela era linda, eu era apaixonado por ela.  Procurei no Google, não achei.Os jornais de domingos tinham um Suplemento Feminino e eu recortava as fotos e guardava Meu outro amor: a baliza da fanfarra da minha escola, Marli. Saia xadrez de escocesa.  Você sabe lá o que isso? Baliza? Procure no Google é algo meio Jurássico.  A Rodhia tinha as modelos exportação e eram lindas. Lembro-me bem de Mila Moreira, até hoje no ar.Tudo era maravilhoso e eu acreditava que isso era a vida. Alguns Heróis morreram de Overdose outros se tornaram ícones nas nossas vida. Tinha aquela Prima  descolada que foi morar em outro país. O Chique era ter moveis da Lafer Roxo e branco.Sapatos tinham saltos carrapeta. O cabelo era mais comprido.Minha irmã  tinha uma amiga que usava botas brancas até o joelho e mini saia  com meia de lurex. Bárbaro! Velhas tardes de domingo, tantas alegrias embalando nossos sonhos. A gente lia Snoopy, não o dog dog, o  gibi da Mafalda e  recruta zero. Tinha um jornal que não podíamos ler: Pasquim, coisa de "pervertido" segundo nossos pais. E tinha Chacrinha, nos embalos de sabado à noite. Bolo só com recheio de doce de leite e ameixa. E o Strogonof? Prato requintadissimo. Comia-se Nhoque no domingo que tivesse visita em casa com refrigerante de garrafa. 
Nossas referencias eram inatingíveis e sonhavamos com esse mundode ilusão. As marcas mudaram e nossa roupa também.  Grande Lojas fecharam suas portas e nós continuamos e  fomos viver como nosso Pais. Caretas, casados, filhos,  festinha de aniversário com brigadeiro e tudo que achávamos que era fora de moda.
O Tempo passou e fomos  descobrindo que isso não duraria e que viriam outras coisa para ocupar a mente. Trabalho, responsabilidade, decepções, desencantos, perdas e dores. Tempo difícil esse de passagem da vida infantil para  a vida adulta. Quando menos se esperava já tínhamos envelhecido e as pessoas nos chamavam de Senhor, Senhora e coisas assim que nos assustam às vezes.
Mas também é preciso lembrar que colhemos muitas coisas por esses caminhos; bons amigos, experiência, boas lembranças e muitos, muitos bons momentos que não voltam mais. Mas, todo dia o sol aparece e nos traz novas oportunidades e surpresas. Tudo valeu e sempre valerá. O que foi, já foi. O que vier enfrentaremos e recolheremos só o que for bom, o que não for deixaremos escorrer no ralo junto com o banho. Isso é  que  é viver um dia de cada vez. "Basta para cada dia seu próprio mal" Mat. 6::33,34

sábado, 14 de agosto de 2010

Forte como um menino




Forte Como Um Menino

Prisma Brasil

Composição: Twila Paris
Nos combates tenho sido vencedor
Mas ao vencer eu também posso me ferir
Falam por aí que a minha força é demais
Sem ver que no meu peito eu escondo o meu pesar
Saibam pois que ao cair eu oro ao meu Deus
Saibam quem é que me levanta se estou só
Espada em punho estou a chorar
Pois dentro da armadura só um menino há
Destemido busco encontrar a paz
Pois de Jesus a armadura é voraz
Dizem por aí que a mim ninguém vai derrotar
Sem ver meu inimigos que me tentam sem parar
Saibam pois que ao cair eu oro ao meu Deus
Saibam quem é que me levanta se estou só
Espada em punho estou a chorar
Pois dentro da armadura só um menino há
Saibam pois que ao cair eu oro ao meu Deus
Saibam quem é que me levanta se estou só
Espada em punho estou a chorar
Pois dentro da armadura só um menino há.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quarenta dias de uma nova vida.

Hoje estou completando quarenta e três dias de cirurgia. Estou bem.
Ontem fui ao meu trabalho e recebi um montão de abraços, carinho e palavras acolhedoras. Como é bom sentir-se vitorioso. Como é bom experimentar o gostinho de ter dado um passo importante na vida. Estou sentido que ganhei uma sobre-vida no jogo da vida. é uma sensação de "tô podendo", sabe assim aquele gosto de poder, de vitória, de  começar de novo. Não é só o peso que se foi, foram também as derrotas, as perdas, os fracassos. Parece que houve um renascimento na motivação. Sinto-me com um novo fôlego.
Nessa semana  eu comecei a ministrar aulas num curso de Decoupage e Country Americano.
Foi assim, a Igreja que eu frequento , semestralmente abre matriculas para  diversos cursos com objetivo de ajudar pessoas da comunidade a ter uma nova profissão e nesse semestre os professores de artesanato não puderam continuar e fui convidado. Claro que levei um susto. Primeira reação. Eu? Imagina, não posso. Mas, pensei: porque não? Estou dentro, vamos lá. Estou de graça, de licença saúde, tempo livre e então vou me doar. Faz parte do novo desafio , ir mais além. Ficar parado gera ansiedade e isso não é bom, então vamos ajudar outros. Servir é o melhor remédio e ser voluntário é chique,é bacana e faz bem para alma.  
Falando em chique, estou levando à serio aquele slogan do Outlet  Premium" Chique é pagar pouco. Sabe o que tenho feito? Garimpado roupas em Brechó. Não sei a minha numeração nova ainda; cada  semana está diferente e para acudir essa situação de emergência tenho buscado algumas peças  e doado outras. é um mundo fascinante, você encontra boas peças com preços muito legais, grifes famosas que com certeza custariam bem mais caras, com um preço muito bom.  Isso além de tudo é ecológico.Reutilizar é bom para o planeta e doar peças, que nã te servem mais porque estão grandes, é impagável. Isso não tem preço. 

Eu não liguei

Bertolt Brecht (1898-1956) Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários ...