terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aspectos Psicologicos da Cirurgia

Existe nos obesos mórbidos um aspecto compulsivo que os leva a repetir até mesmo aquilo que gostariam de evitar. Querem comer menos, mas parece existir uma força na forma de um “mando impositivo”, exigindo que comam. Não sabem o “por que”. Muitas vezes nem estão com fome. Mas precisam comer.




Muitos autores defendem a idéia de que a própria constituição do homem restringe a possibilidade de uma felicidade total. E que por mais tentador que seja ter a satisfação irrestrita de todas as necessidades, isso significa colocar o “prazer” antes da “obrigação”. Na obesidade mórbida não seria apenas o prazer que move o comportamento. Em muitos momentos esses sujeitos realmente lidam com algo que de alguma forma dá prazer ou acalma; como a comida.



Mas em muitas situações, o ir contra alguma coisa serve como uma afirmação da liberdade. A briga, o chamado conflito em nós, entre alguma coisa que você quer fazer, seja porque dá prazer, ou simplesmente porque você “tem vontade” e algo que você deveria fazer. Por isso muitos comportamentos que não conseguimos abandonar estão ligados a nossa liberdade. Aquela afirmação: “Eu não quero me sentir obrigada à...”. Esta ligação entre ter prazer e liberdade é bastante significativa. Toda forma de liberdade traz consigo certo prazer. Mas o que acontece neste caso, é que fica faltando ao obeso mórbido à dimensão de um ponto de basta, de limite, de contenção que deve existir para evitar conseqüências desastrosas.



Freud afirma que a civilização se constitui sobre a renuncia do instinto. Uma das exigências para haver civilização é a garantia de que deva haver lei, que não poderá ser violada em detrimento de um, mas para a qual todos contribuem ao preço do sacrifício dos seus instintos.



Usando esta maneira de pensar, saindo de um modelo macro de civilização e caminhando para um modelo micro individual. A mesma idéia pode ser aplicada ao obeso mórbido. Sem lei, somente com liberdade e/ou prazer. O organismo humano se desestabilize da mesma forma que uma civilização sem normas. Comer o que se quer, na quantidade que se quer, a hora que se quer. È não ter lei. Por isso as cirurgias (bariátricas) de redução da capacidade do estomago funcionam não penas pela “restrição física” que impõem. Já que mesmo com a capacidade do estomago reduzida, a “engorda”, ou o “não emagrecimento”, seriam possíveis, pelo tipo de alimento que a pessoa poderia ingerir. Como “tomar” leite condensado. Fácil de ser consumido e extremamente calórico.



Estas cirurgias funcionam além da restrição física que impõem, também pelo seu caráter de lei. Lei psicológica. As cirurgias de caráter restritivo funcionam como a lei. Que se de um lado nos beneficiam, de outro nos restringem de alguma forma.



O sentimento de culpa também pode funcionar como uma lei. Mas muitas vezes parece não ter tanta força. Porque mesmo com este sentimento a grande maioria dos indivíduos não deixa de repetir o comportamento que gostariam de evitar. O alimento como tem em si um forte apelo de prazer imediato acaba inibindo a restrição alimentar. A culpa resultante do excesso de alimento é apaziguada pelo prazer que o ato de comer traz, deslocando assim o sentimento de culpa, e por sua vez impedindo a inibição do comportamento.



Após a cirurgia bariátrica o paciente deve entender é que ter leis e segui-las não irá restringir a sua liberdade. O seu comportamento “sem lei” é na verdade sua verdadeira “prisão”. Ele é aparentemente livre, por não se impor seguir certas leis. Porem é escravo de outros comportamentos. O ato de se comer o quer, na quantidade que se quer e na hora que se quer. Também vira uma lei. A lei do “pode tudo”.



Texto: Valéria Lemos Palazzo Psicóloga CRP 06/35173

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Retorno

Estive ontem na UNICAMP para consulta com a nutricionista. Estou bem e a minha dieta alimentar tem fucionado. As vezes encontro alguma dificuldade com a alimentação e sobre isso questionei com ela. A orientação que recebi é que agora, depois de quase quatro meses, eu já posso me alimentar quase que normalmente devendo apensa continuar com alguns cuidados. Devo evitar comida gordurosa e muito calórica, excesso de doces e refrigerantes. Não posso me esquecer que udo o que engordava no passado continuará a engordar agora. O fato de não mais ter o indice alto de Glicose no sangue e me libertar totalmente dos remedios para Diabetes não devem me enganar e me fazer consumir doces e guloseimas. Devo me alimentar seis vezes ao dia e ser cuidadoso com a qualidade de minha alimentação, nem sempre não comer muito significa comer corretamente; os alimentos tem funções específicas e precisamos considera-las para o bom funcionamento dos nossos orgãos.  Existe o grandec risco de voltar a engordar se não tomar conta da alimentação. Ainda é  minha a responsabilidade de administrar o meu novo corpo Não existe sorte, existe esforço e perseverança. Não posso desprezar nenhum tipo de alimento e tentar "substituir" por outro que não seja do mesmo grupo alimentar, cada refeição é  uma construção e precisa de tijolos, cimento e pedreiro, só os tres juntos funcionam bem. Não posso fazer essa construção sem um dos componentes. Na alimentação é a mesma coisa

OS GRUPOS




Grupo 1:

Na base da pirâmide, estão os alimentos Energéticos ricos em carbohidratos, que são responsáveis pelo fornecimento da maior parte das energias de que precisamos.



Grupo 2:

No segundo degrau da pirâmide estão os alimentos reguladores,

ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água.

São as Hortaliças, as verduras.



Grupo 3:

As Frutas e os sucos de frutas naturais, também são alimentos reguladores, ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água.



Grupo 4:

No terceiro degrau estão os alimentos construtores, ricos em proteínas e cálcio, ferro e zinco. Esse grupo também possuí açúcar e gorduras.

proteína, cálcio, ferro, e zinco.

São eles: o leite, os derivados de leite, queijos, bebidas lácteas etc,





Grupo 5:

Alimentos construtores ricos em proteínas e cálcio, também possuem gorduras e colesterol, além de ferro e zinco.

São as Carnes e ovos;





Grupo 6:

Esse grupo encerra o grupo dos alimentos construtores, que são ricos em proteínas e fibras, além de cálcio, ferro, zinco e vitaminas. A vantagem desse grupo é que possuem alimentos que oferecem calorias, através do colesterol bom, sem prejudicar a saúde. Além de proteínas específicas, como a Isoflavona que é encontrada na Soja e que ajuda a combater várias doenças.

São as leguminosas: Feijão, soja, ervilha, etc.



Grupo 7: Óleos e gorduras; 120 kcal;

No último degrau da pirâmide estão os alimentos energéticos, ricos em calorias e colesterol. São importantes. As gorduras e o colesterol transportam as vitaminas A, D, E, K. Mas devem ser consumidas em pequenas quantidades.

São os óleos e a gorduras.

São indicadas 2 porções.



Grupo 8: Açúcares, balas, chocolates, salgadinhos; 80 kcal;

São alimentos energéticos que provêem muita calorias e poucos nutrientes. Devem ser consumidos com moderação.

São eles: Açúcares, balas, chocolates, salgadinhos.

Fontes: Universidade de Brasília.

Entrevista SBT Dr.Chain


Eu não liguei

Bertolt Brecht (1898-1956) Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários ...