domingo, 21 de agosto de 2022

Uma Fabula Antiga

Uma Fábula antiga A vida vai acontecendo….Devagarinho e às vezes muito depressa. De repente já chegou o final da trilha ...de repente era o último degrau da estrada e o que resta, às vezes, é só a contemplação de outros que , agora vivem as suas experiências do passado. Lá do alto, você enxerga o tabuleiro e vê que o caminho melhor não é aquele e que o atalho vai tirar o jogador da rota. Mas ninguém te chamou para o jogo e esse jogo não é seu. Mas você poderia ajudar, evitar, acrescentar ...mas esse jogo não é seu. Vai dar errado! Mas esse jogo não é seu… Segue em frente, o tempo dirá. Resista a tentação de dizer: Eu avisei! Então chega o fim e aí, tardiamente se percebe o valor do que se perdeu… Nota-se que aquela pessoa, que aparentemente não fazia falta, que era inconveniente,chata…era indispensável e faz falta. Lembro-me de algumas figuras do passado, que hoje tem seu lugar não preenchido…Pessoas que marcaram, por algum motivo , um tempo de nossas vidas. Lembrei de uma fábula antiga que dizia o seguinte: Numa Aldeia , havia um homem idoso, vestido com um longo casaco escuro e que andava pelas ruas, do amanhecer até ao anoitecer, com uma almotolia nas mãos. Ele andava e parava em cada porta ou cada portão e pingava algumas gotas de óleo e seguia em frente. Exercia essa rotina todos os dias e por isso era chamado de “O louquinho do óleo". Todos riam dele, as crianças menores o temiam, as maiores zombavam dele e o perseguiam. Não era alguém pra se temer, era só "O Louquinho do Óleo". O Tempo passou, a vida seguiu em frente e ele, o "louquinho" envelheceu, adoeceu e morreu. Algumas poucas pessoas foram, por piedade em seu velório porque ele era um homem solitário e depois do enterro nunca mais se falou nele. As pessoas o esqueceram de vez em quando alguém se lembrava dele como um personagem pitoresco do passado. Vieram as chuvas, a neve do inverno, o sol do verão, a poeira do Outono e de novo a chuva e a neve ...e a vida seguiu seu ciclo. Um dia, as pessoas começaram a ouvir gemidos por toda a cidade, pareciam gemidos vindo de todos os lugares da Aldeia. Não eram gemidos, era um certo rangido e de onde viriam esses barulho ? Vinha das portas e portões. Mas que mistério seria esse? Com o passar do tempo e as intempéries, as dobradiças começaram a se enferrujar e com isso perderam a maciez e se tornam ásperas provocando um barulho desagradavel quando se movimentavam. Mas, porque agora , elas sempre estiveram ali, eram portas e portões fortes, do tempo dos ancestrais e nunca fizeram isso, o que teria mudado? Alguém parou de colocar óleo nas dobradiças e isso fez toda a diferença. Talvez você seja essa pessoa de grande valor que só será vista depois. Não desista, faça a sua parte.

Nenhum comentário:

Eu não liguei

Bertolt Brecht (1898-1956) Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários ...