Ano novo, e dai?

É quase ano novo e daí?

Nada mudou continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos e vivemos como nossos pais.
Mesmos amigos, emprego, vizinhos...
Nada vai mudar se você não mudar.

Nosso corpo miúdo ou graúdo ainda depende das escolhas que fazemos no Buffet. Depende de mais um copo de refrigerante, outro pedaço de sobremesa, a decisão de sair para dar uma volta a pé...

A vida é assim, cheia de escolhas e todas elas no final vem coberta de consequências. Se falo muito posso dizer o que não devo. Se me calo posso omitir coisas importantes. Se for afetuoso posso ser “pegajoso” demais. Se não expresso afeto posso ser tachado de frio.

Complicado não?

Difícil é ser satisfazer a todo “all time”, mas, podemos tentar ser o melhor para aqueles que nos cercam e se não for suficiente ainda assim dei o meu melhor.

Nessa época do ano costumamos fazer uma retrospectiva  pessoal e chegamos a conclusão que não demos tantos passos quanto gostaríamos.

Ainda dá tempo, são 365 dias novos, sem uso par que possamos tentar  ser, de novo, essa pessoa que gostaríamos.

Dá tempo de pedir perdão e reatar laços rompidos.

Dá tempo de arriscar uma nova carreira e profissão.

Dá tempo de buscar aqueles sonhos guardados no cantinho escuro da  criança que você foi e que teve de abrir mão por causa do adulto que se instalou na sua vida e insiste em fazer o que é certo, direito e justo.

Tem que fazer mesmo cada uma dessas coisas, mas tem também que brincar pular enxurrada e sujar a cara de manga bem madura.

Tem que se lembrar de quem passou e saudar quem vem chegando, não podemos nos fechar para o novo. Existem musicas novas e autores modernos que valem a pena também.
Quero me lembrar dos amigos que eu tenho.
Aos amigos que tem sido fieis apesar da minha infidelidade e inconstância.

Amigos que estão gravados nos filmes da minha memória. Estão nas praças, nos escritórios, no metrô, nos ônibus, nas janelas e todos os lugares por onde andei.

Amigos que, em um momento da vida, eram absolutamente essenciais e insubstituíveis e que o tempo, ah esse tempo que nos escapa das mãos, se tornaram distantes mas não menos importantes.

Aos que eu vejo tão pouco e que me preenchem o coração só pela lembrança.

Aos que ajudaram a  construir em mim o que hoje sou, com suas duvidas, questionamentos, enfrentamentos e conselhos.
Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria mas que são tão presentes no dia a dia.
Aos que moram perto e eu vejo sempre e não digo tudo o que eu gostaria de dizer.
Aos que me “suportam” no dia a dia. Suportam no sentido de suporte, apoio e força nas minhas fraquezas.

Aos que eu dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.
Aos que ganham e perdem e mesmo assim são vencedores.
Aos que me parecem fortes e que no convívio diário se mostram tão frágeis.
Aos que me parecem anjos, mas estão aqui em carne e osso e me dão a certeza de que nada é por acaso e que coincidência é uma palavra inventada para uso de quem não tem fé.

Aos que estão desesperançados que se encham de esperança., mas não essa que é dita da boca pra fora; Uma esperança verdadeira que só pode vir de um Deus criador e que fez o universo e conhece cada estrela .
Obrigado por fazerem parte da minha vida.

Feliz dia novo, semana nova, mês novo e tudo seja novo e feliz!