sexta-feira, 8 de abril de 2011

Rio, 07 de Abril. Entre a Dor e o nada.


Entre a dor e o nada existe um estado de espírito no qual todos  nós gostaríamos de não estar. É um lugar que fica logo após a dor. Um lugar em que nada mais interessa, nada mais tem valor. Um lugar solitário. Um lugar de onde pensamos nunca mais sair. Depois de passarmos pela dor nos refugiamos num lugar que fica no fundo da nossa própria alma e que nos acolhe até que a dor passe. Nada mais tem sentido e não há mais razão para continuar. Esse estado de espírito às vezes dura só um pequeno momento, mas é profundo e gera mudanças. Decidiremos então, se continuamos com nossas dores e decepções ou se nos prostramos  e nos entregamos ao sentimento de fracasso.. Difícil decisão. Às vezes conseguimos superar e continuar e até nos esquecemos do que nos fez sofrer, outras vezes arrastamos pesados fardos por toda a nossa vida com lembranças e dores incrustadas na nossa alma. Essas dores causam duras cicatrizes que nos marcam de maneira indelével para sempre.Algumas precisam de ajuda de um  profissional para que seja estirpada. Criando verdadeiros aleijões. Saimos por ai mancando, nos arrastando sob o peso de dores passadas. São vitimas de  Bullings que carregama essas dores. Vitimas das violências urbanas, domésticas, morais. Vitimas da alma humana adoecida e que por adoecida adoece o seu semelhante. Precisamos de ajuda para prosseguir. Precisamos de força para continuar. Precisamos de Deus para nos erguer quando nossos pés fraquejam. Precisamos de fé para acreditar que a vida pode ser bem melhor e que depende de nós e da nossa decisão. É preciso rever atitudes, conceitos, padrões.Precisamos ser o Sal da terra e a luz desse mundo de escuridão. 

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