sábado, 9 de abril de 2011

TERREMOTOS



Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755),
o Rei perguntou ao General o que
se havia de fazer.
Ele respondeu ao Rei:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos'.

Essa resposta simples,
franca e direta tem muito
a nos ensinar.

Muitas vezes temos em nossa vida
'terremotos' avassaladores,
o que fazer?
Exatamente o que disse o General:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos'.

E o que isso quer dizer para a nossa vida?

Sepultar os mortos significa que não adianta
ficar reclamando e chorando o passado.
É preciso 'sepultar' o passado.
Colocá-lo debaixo da terra.
Isso significa 'esquecer' o passado.
Enterrar os mortos.

Cuidar dos vivos significa que,
depois de enterrar o passado,
em seguida temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo.
Cuidar do que sobrou.
Cuidar do que realmente existe.

Fazer o que tiver que ser feito para
salvar o que restou do terremoto.

Fechar os portos significa não deixar as
'portas' abertas para que novos
problemas possam surgir ou
'vir de fora' enquanto estamos
cuidando e salvando o que restou
do terremoto de nossa vida.
Significa concentrar-se na reconstrução,
no novo.

É assim que a história nos ensina.
Por isso a história é 'a mestra da vida'.
Portanto,
quando você enfrentar um terremoto,
não se esqueça:
enterre os mortos,
cuide dos vivos e feche os portos

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Rio, 07 de Abril. Entre a Dor e o nada.


Entre a dor e o nada existe um estado de espírito no qual todos  nós gostaríamos de não estar. É um lugar que fica logo após a dor. Um lugar em que nada mais interessa, nada mais tem valor. Um lugar solitário. Um lugar de onde pensamos nunca mais sair. Depois de passarmos pela dor nos refugiamos num lugar que fica no fundo da nossa própria alma e que nos acolhe até que a dor passe. Nada mais tem sentido e não há mais razão para continuar. Esse estado de espírito às vezes dura só um pequeno momento, mas é profundo e gera mudanças. Decidiremos então, se continuamos com nossas dores e decepções ou se nos prostramos  e nos entregamos ao sentimento de fracasso.. Difícil decisão. Às vezes conseguimos superar e continuar e até nos esquecemos do que nos fez sofrer, outras vezes arrastamos pesados fardos por toda a nossa vida com lembranças e dores incrustadas na nossa alma. Essas dores causam duras cicatrizes que nos marcam de maneira indelével para sempre.Algumas precisam de ajuda de um  profissional para que seja estirpada. Criando verdadeiros aleijões. Saimos por ai mancando, nos arrastando sob o peso de dores passadas. São vitimas de  Bullings que carregama essas dores. Vitimas das violências urbanas, domésticas, morais. Vitimas da alma humana adoecida e que por adoecida adoece o seu semelhante. Precisamos de ajuda para prosseguir. Precisamos de força para continuar. Precisamos de Deus para nos erguer quando nossos pés fraquejam. Precisamos de fé para acreditar que a vida pode ser bem melhor e que depende de nós e da nossa decisão. É preciso rever atitudes, conceitos, padrões.Precisamos ser o Sal da terra e a luz desse mundo de escuridão. 

Eu não liguei

Bertolt Brecht (1898-1956) Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários ...