sábado, 31 de dezembro de 2011

Recomeçar

Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou. Hoje é um novo dia. Hoje é um dia novo e cabe a mim escolher como vou vive-lo. Encontros e despedidas. Existem pessoas que vale à pena encontrar e outras que nem tanto. Pessoas amáveis, amorosas e que sabem demonstrar afetos e outras que não fazem questão alguma de demonstrar amor. Esses dias têm sido de prazer e restauração. Restaurar relacionamentos interrompidos pelo corre-corre da vida. Consertar relacionamentos feridos pelo tempo e situações que nos fogem ao controle; mas, tem sido tempo de restauração.  Vamos seguindo a vida em seu curso normal e de repente percebemos que algumas coisas ficaram pra trás e que precisam, de novo, ser alcançadas. Amigos queridos, que fizeram parte de nossa historia, ficaram  apenas na lembrança. Passado o tempo nem na lembrança ficarão, se não cuidarmos . É preciso decidir se vale a pena ou não voltar e buscar essas lembranças. Não é preciso sofrer por isso,  mas é bom para o coração te-los de volta. Encontrei muitos e ainda tenho muitos para encontrar. Ainda o coração dispara no peito quando os vejo. Ainda me alegro e emociono. Talvez emocionar-se com coisa tão pequenas caia em desuso mas o que importa é que por um momento fiquei feliz e amanhã? Amanhã? Amanhã é um novo dia.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lembrete de Aniversário

Querido amigo,


Hoje meu computador me lembrou que você fará aniversário. Ele é uma máquina bastante inteligente. Ele sabe o que importante, o que é urgente e o que eu quero esquecer. Ele talvez não saiba o quanto você é importante para mim. Ele não estava em Ribeirão Preto em 1982 quando eu, num ato de bravura, quis morar "fora" e me aventurei. Foram dias difíceis de crescimento, de amadurecimento e crescer dói e doe muito . Nunca vou me esquecer de você chegando com um quebra-cabeças, um livro ou qualquer outra coisa e me entregando para que eu não me sentisse muito só. Sua amizade foi por um curto período de tempo mas de intensidade incalculável. Não posso me esquecer e nem quero, das viagens, das risadas e  das minhas chatices. 
Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração, assim falava a canção. Sim, é para se guardar, mesmo que o tempo e a distancia diga NÃO. Sinto saudade. Sinto medo de reencontrar velhos amigos e descobrir, que com certeza, tudo mudou. Tenho medo de descobrir que tudo aquilo passou e não volta mais. Tenho dificuldade em aceitar isso, mas tenho uma imensa alegria de folhear o meu álbum de memórias e achar tantas lembranças, tantas pessoas queridas, tantos amigos guardados no coração. Uns já se foram e nem pude dar mais um abraço. Outros estão por ai e de vez em quando os encontro, graças as redes sociais. Gente querida. Gente que, em um precioso momento, me ajudou a seguir em frente nesse caminho complicado mas delicioso chamado VIDA.
Amigo, você faz parte da minha vida e da minha história. 
Viva você! Viva a amizade! Viva a Vida!

sábado, 19 de novembro de 2011

Agua cristalina

Eu estava lá fora olhando para elas enquanto o recreio acontecia. Elas correm sem parar. Elas descobrem mundos incríveis atrás dos arbustos. Vieram correndo me avisar que viram três gatinhos, recém nascidos escondidos na grama crescida depois de tanta chuva. Elas dizem que eles se esconderam atrás da cerca, perto das abelhas. Eles não tem medo de nada e têm medo de tudo. Acharam uma pomba morta dentro de um engradado de maçãs. E tem os caramujos, os cachorros que entram acompanhando alguma das crianças. è quase um zoológico.  Quando o sinal ecoa estridente  eles correm desesperadamente e gritam e saem em bandos pelo terreno afora à procura dos segredos escondidos pelos jardins. Cada descoberta merece comemoração e isso é feito com gritos e correria, quase um ritual; todos são chamados para ver a descoberta, são quase desbravadores. Em outro lugar alguns descobrem a velha brincadeira de pular-corda e aos gritos torcem pela figura miúda que se esforça para vencer o desafio.  Assistir esse espetáculo diário é quase igual ao ver a àgua cristalina descendo pelo penhasco, não se incomoda com nada e segue seu curso. Elas são assim, as crianças, brincam pulam, se divertem e não se importam com a a vida ao seu redor. Só um dia de cada vez e depois o sinal vai gritar que já chegou a hora de entrar e aprender coisas novas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Chuva


A chuva cai copiosamente lá fora e eu a assisto na tela do meu computador. Queremos a chuva, esperamos por ela mas não saimos lá fora para recebe-la. Incoerencia. Queremos coisas que não queremos. O que queremos afinal?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ser Feliz ou ter razão?


"Ser feliz ou ter razão?"

Para reflexão... Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinha tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devia ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite! Moral da história: Esse fato foi contado por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Diante disso me pergunto: 'Quero ser feliz ou ter razão?' E lembrei de um outro pensamento parecido, diz o seguinte: “Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."
Transcrito
Mais Você

domingo, 11 de setembro de 2011

Talvez deva reconsiderar os títulos e adjetivos que tenho recebido pela vida. Uns dizem que sou inconstante, outros falam que desisto fácil e ainda outros me julgam pelas ações. Hoje pensei em mim e descobri que realmente sou insatisfeito. Insatisfeito com a mesmice, com o igual todos os dias, com a falta de originalidade, com o repetitivo. Não suporto a mesma piada, o velho com cara de novo, o mesmo todos os dias. Tenho problemas com seguir sempre o mesmo roteiro, adoro a inovação e o improviso. Pra mim começar de novo tem cheio de vida. Começar é sempre saboroso, sempre instigante e renovador. Gosto muito de uma escritura que diz que"... as misericórdias do Senhor se renovam cada manhã..." Isso é tudo de bom. Essa chance de recomeçar, de pagina nova, de um novo recomeço me atrai. Me atrai porque me ajuda a melhorar. Agora posso pensar e agir de outra maneira. O assim é porque é assim, me apavora e me enlouquece. Enquanto eu viver nesse mundo eu quero planejar, sonhar, imaginar, depois que eu for embora não dá mais para mudar. Baseado na Biblia que diz 
" E como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o Juizo" Hebreus 9:27
Eu, baseado na Biblia, vou mudar e acertar por aqui mesmo. Vou acertar e vou errar, um dia de cada vez.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Inquietação de menino

Nunca acreditei nos absolutos: Não pode, porque não pode. Sempre foi assim. Isso não fica bem Porque sim.Porque não.
Sempre acho que pode ser de uma outra maneira. Se não de certo pelo menos tentei.
Me deixa aflito o fato de não ter outra opção. Questiono sempre quando as pessoas, para terminarem um assunto, colocam frases feitas encerrando assim a conversa.
Adriana Calcanhoto tem uma musica que se chama Oito anos.  A letra fala de um menino inquieto, Gabriel,cheio de perguntas.  às vezes me sinto assim, meio Gabriel, cheio de perguntas e inquietações. Essas faltas de respostas fazem com que o mundo tome direções que nem sempre são as melhores. Muitas vezes poderiamos resolver comflitos ou evita-los se tomassemos outros caminhos. Mas, ficou pré estabelecido que : fulano é assim mesmo, melhor não peguntar para ele, esse documento sempre foi preenchido assim e assim tem que ser, tem que usar caneta vermelha e não verde, tem que ser assim. Porque? Não sei, isso já vem assim desde que o mundo é o mundo e pronto. Muito ruim isso, nem se dá chance de tentar fazer diferente. Porque não tentar de outra maneira? Às vezes errar nos faz descobrir novas possibilidades. Como você acha que os Chefes de cozinha inventam novos sabores e combinações? Arriscando ou até errando mesmo.
Às vezes deixamos os caminhos simples e tentamos outros que são mais complicados.Criamos programas, planilhas, tabelas e um monte de ferramentas para faciltar a vida e de repente termina a energia e ficamos" aleijados" sem saber o que fazer.  O improviso às vezes é necessario e quando isso acontece "da-se um jeitinho" e tudo dá certo. Acho que os por ques  são necessários e rever valores e costumes também.


Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa
"Impávido Colosso"?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
Por que os dedos murcham
Quando estou no banho
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos
Well, well, well
Gabriel...
Por que o fogo queima
Por que a lua é branca
Por que a terra roda
Por que deitar agora
Por que as cobras matam
Por que o vidro embaça
Por que você se pinta
Por que o tempo passa
Por que que a gente espirra
Por que as unhas crescem
Por que o sangue corre
Por que que a gente morre
Do qué é feita a nuvem
Do qué é feita a neve
Como é que se escreve
Reveillón
Well, well, well,
Gabriel...

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Para o maestro reger a orquestra é preciso dar as costas à plateia"

"Para o maestro reger a orquestra é preciso dar as costas à plateia" parado


É isso, de vez em quando tem que se dar as costas para a plateia. É muita gente achando que, sugerindo, falando e tentando dar o rumo para uma vida que é sua. Conselho é bom e é bíblico mas, temos que tomar decisões sozinhos, responsáveis pelos nossos próprios atos. Não vale à pena ficar sentado esperando que alguem decida. Se a decisão for não decidir ótimo, isso também é decisão. Não temos que ficar esperando a aprovação cada dia , cada momento. E dai se não deu? Vamos para a próxima. Não também pode ser positivo. Não vemos toda a dimensão de cara, precisamos nos afastar um pouco para ver outros angulos e escolhermos o mais interessante. Talvez a sua visão proporcione a melhor foto, a melhor leitura, o melhor enquadramento. Sua decisão é soberana. Erros e acertos são só seus. Ninguém responderá por você. Erro e acerto fazem parte do projeto. Tem defeito que vira efeito  e tem defeito que é defeito mesmo e só jogando fora e começando de novo. Mas tentou, mas saiu do mesmismo. Ousadia é qualidade de poucos e esses se destacam. Miltom Nascimento diz: Certas canções que ouço falam tão dentro de mim que perguntar carecem: Como não fui eu que fiz? Nunca saberei se posso fazer se não arriscar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo mas, aprendendo a jogar. Só que tem que virar as costas e só virar para receber os aplausos ou não.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

TERREMOTOS



Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755),
o Rei perguntou ao General o que
se havia de fazer.
Ele respondeu ao Rei:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos'.

Essa resposta simples,
franca e direta tem muito
a nos ensinar.

Muitas vezes temos em nossa vida
'terremotos' avassaladores,
o que fazer?
Exatamente o que disse o General:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos'.

E o que isso quer dizer para a nossa vida?

Sepultar os mortos significa que não adianta
ficar reclamando e chorando o passado.
É preciso 'sepultar' o passado.
Colocá-lo debaixo da terra.
Isso significa 'esquecer' o passado.
Enterrar os mortos.

Cuidar dos vivos significa que,
depois de enterrar o passado,
em seguida temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo.
Cuidar do que sobrou.
Cuidar do que realmente existe.

Fazer o que tiver que ser feito para
salvar o que restou do terremoto.

Fechar os portos significa não deixar as
'portas' abertas para que novos
problemas possam surgir ou
'vir de fora' enquanto estamos
cuidando e salvando o que restou
do terremoto de nossa vida.
Significa concentrar-se na reconstrução,
no novo.

É assim que a história nos ensina.
Por isso a história é 'a mestra da vida'.
Portanto,
quando você enfrentar um terremoto,
não se esqueça:
enterre os mortos,
cuide dos vivos e feche os portos

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Rio, 07 de Abril. Entre a Dor e o nada.


Entre a dor e o nada existe um estado de espírito no qual todos  nós gostaríamos de não estar. É um lugar que fica logo após a dor. Um lugar em que nada mais interessa, nada mais tem valor. Um lugar solitário. Um lugar de onde pensamos nunca mais sair. Depois de passarmos pela dor nos refugiamos num lugar que fica no fundo da nossa própria alma e que nos acolhe até que a dor passe. Nada mais tem sentido e não há mais razão para continuar. Esse estado de espírito às vezes dura só um pequeno momento, mas é profundo e gera mudanças. Decidiremos então, se continuamos com nossas dores e decepções ou se nos prostramos  e nos entregamos ao sentimento de fracasso.. Difícil decisão. Às vezes conseguimos superar e continuar e até nos esquecemos do que nos fez sofrer, outras vezes arrastamos pesados fardos por toda a nossa vida com lembranças e dores incrustadas na nossa alma. Essas dores causam duras cicatrizes que nos marcam de maneira indelével para sempre.Algumas precisam de ajuda de um  profissional para que seja estirpada. Criando verdadeiros aleijões. Saimos por ai mancando, nos arrastando sob o peso de dores passadas. São vitimas de  Bullings que carregama essas dores. Vitimas das violências urbanas, domésticas, morais. Vitimas da alma humana adoecida e que por adoecida adoece o seu semelhante. Precisamos de ajuda para prosseguir. Precisamos de força para continuar. Precisamos de Deus para nos erguer quando nossos pés fraquejam. Precisamos de fé para acreditar que a vida pode ser bem melhor e que depende de nós e da nossa decisão. É preciso rever atitudes, conceitos, padrões.Precisamos ser o Sal da terra e a luz desse mundo de escuridão. 

terça-feira, 29 de março de 2011

Seja um Idiota

Seja um idiota




A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.

Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?

Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar.

Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?



"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios". "Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche"





(texto de Arnaldo Jabor)

domingo, 27 de março de 2011


Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida. Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se ! Mas, também, tem um preço... São inúmeras outras portas que você descobre. Às vezes curte-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!
Içami Tiba

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Não me lembro bem do meu embarque, só me lembro de algumas passagens. Lembro das brincadeiras, das visitas aos parentes. Lembro de algumas casas na beira desse caminho. Casas de varanda no alto com escada e corrimão. Casas de porão. Casa grande e espaçosa. Casas com quintais e pés de frutas. Hortas, pomares e jardins. Lembro da escola, do medo que sempre me acompanhava nessas incursões pelo mundo dos adultos. Lembro de alguns amigos que me acompanharam nesses processos. Lembro de um que chamava Tales. Nem sei porque me lembro, talvez pelo nome diferente. Lembro das atrocidades que as crianças cometem e que hoje se chama bulling. O tempo foi passando e as pessoas foram embarcando e desembarcando nessa viagem. Às vezes, só mudando de vagão por motivos vários: trabalho, religião, raça, sexo, busca de outros interesses e muitos outros motivos. Outras vezes eu mesmo quis tentar a viagem em outro vagão que me parecia mais interessante. Em certas ocasiões não houve escolha e fomos separados dos amigos e conhecidos. Assim, fomos conhecendo pessoas, colecionando amigos. Ganhando e perdendo numa atividade sem fim. Alguns hoje só habitam nossa mente num lugar chamado saudade. Temos a impressão de que nada mudou e que é só encontrar e tudo vai continuar igual. Ledo engano, às vezes forçamos esses encontros para chegar a triste conclusão de que o que havíamos construído era só para aquele momento e que teve um prazo de validade: Foi bom enquanto durou. Existem pessoas que moram na mente como se fossem parte de uma vida toda e que na verdade ocuparam somente um momento de nossas vidas e que, como outros que convivem hoje conosco, também farão parte desse rol de amigos, os amigos que foram importantes em nossa vida. Às vezes isso do; aprece na forma de um sonho, uma lembrança, uma frase, uma imagem amarelada pelo tempo. Às vezes ficamos com raiva, como se alguém tivesse sabotado o script da nossa vida. Não isso não é verdade, não somos autores únicos de nossa história. Nossa historia é construída de várias historias e cada uma delas com vários desfechos. Somos atores de cenas isoladas que se juntam e formam um grande espetáculo. Às vezes drama e as vezes comédia, mas sempre um dia de cada vez.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É preciso esforço


É preciso esforço

Certo dia, um homem caminhava por uma estrada deserta, quando começou a sentir fome. Não estava prevenido, pois não sabia que a distância a ser percorrida era tão longa.

Começou a prestar atenção na vegetação ao longo do caminho, na tentativa de encontrar alguma coisa para acalmar o estômago. De repente, notou que havia frutos maduros e suculentos em uma árvore. Aproximou-se, mas logo desanimou, pois a árvore era muito alta e os frutos inacessíveis.

Continuou andando e foi vencido pela fome e o cansaço. Sentou-se à beira do caminho e ficou ali, lamentando a sorte.

Não demorou muito e ele avistou outro viajante que vinha pelo mesmo caminho. Quando o viajante se aproximou, o homem notou que ele estava comendo os frutos saborosos que não pudera alcançar. Assim, perguntou-lhe:

- Amigo, que belos frutos você encontrou.

- É - respondeu o viajante - eu os encontrei no caminho. A natureza é pródiga em frutos suculentos.

- Mas você tem a pele machucada - observou o homem.

- Ah, mas isso não é nada! São apenas alguns arranhões que ficaram pelo esforço que fiz ao subir na árvore e colher os frutos.

E o homem, agora com mais fome ainda, ficou sentado, resmungando, de estômago vazio, enquanto o outro viajante seguiu em frente.

Alguns de nós também são assim... Ficam sentados, lamentando o sofrimento, mas não abrem mão da acomodação para sair em busca da solução. Esquecem que é preciso fazer esforços, lutar, persistir.

É muito comum ouvir pessoas gritando por um lugar ao sol, mas as que verdadeiramente querem um lugar ao sol trazem algumas queimaduras, fruto da luta pelo ideal que almejam.

Outras, mais acomodadas, dizem que “Deus alimenta até mesmo os pássaros. Por que não haveria de providenciar o de que necessitam?“ Essas estão certas, em parte, pois se é verdade que Deus dá alimento aos pássaros, também é certo que ele não o joga dentro do ninho.

O trabalho de busca pelo alimento é por conta de cada pássaro, e muitas vezes isso não é fácil. Há situações em que eles se arriscam e até saem com alguns arranhões.

Buscar é movimento, é esforço, é ação. No entanto, é preciso saber o que se busca e por qual porta desejamos entrar.

Ainda aí, nossa escolha é totalmente livre. Nossa vontade é que nos conduzirá aonde queremos chegar. Sendo assim, façamos a nossa escolha e optemos por chegar lá, e chegar bem.


(autor desconhecido)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Renovar-se todo dia

Semana dura. Desafios, lutas, guerra contra o querer e o precisar fazer. Vontade de parar e nenhuma chance disso acontecer.
Todos os dias o relógio desperta e sem muito pensar já é  outro dia. O mesmo percurso, o mesmo calor, o pão de queijo e o café, o bom-dia e os comentários sem muita profundidade.
Decisões diárias: chutar- o -pau-da barraca ou se amoldar?  Olhando os compromissos diarios na agenda e  as possibilidades de se tornar Bilionare e ser entrevistado no Oprah Winfrey quase não existirem é melhor se render ao sistema .
Assim é viver, ir em frente cumprindo o que a vida nos oferece e propõe. Às vezes  são pequenos desafios e outras vezes nos parece que não vamos conseguir vencer. Então vamos  fazendo um Check list nas tarefas diárias e sem perceber já estamos em outro patamar e aqueles desafios dantes tidos como impossíveis se tornaram em conhecimento adquirido. Assim é viver um dia de cada vez. O conhecimento deve ser buscado dia após dia, num trabalho constante como o das formigas, não se fornece grandes quantidades, só a dose diária. 
Quando sabemos usar o conhecimento ele passa a ser nosso e podemos usa-lo outras vezes e quando não usamos corretamente ele se perde e não nos serve para nada. Conhecimento vem no mesmo Kit da busca, do trabalho do entusiasmo e da pratica.  Nunca será nosso se não nos apropriarmos dele. Ele está ai, é só lançar mão. Não podemos lamentar perdas, temos que aprender com o erro e arriscar com o novo. Nem sempre ganhando , nem sempre perdendo mas aprendendo a jogar.  Desistir não nos ajuda em nada. A diferença entre o perdedor e o ganhador às vezes são só alguns segundo a mais de esforço.   A sensação de vitória é pessoal e intransferível.è aquele gostinho de estar de bem com a vida  e que venho até remoçando me pego cantando sem mais nem porque.  Para alguns isso se chama euforia e para outros chama-se maturidade.
Então valeu, vamos em frente.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Você tem fome de que? Você tem sede de quê?


A sociedade atual está nos transformando em máquinas de competitividades. Não somos mais seres, quem dirá humanos. Somos sim, consumidores, e como a própria diz estamos realmente levando ao pé da letra e nos consumindo.
Ser feliz? Muitos se perguntam: O que é isso mesmo?  Quando foi a última vez que senti plenamente esta emoção?
Precisamos ser os mais bem sucedidos profissionalmente, esteticamente e financeiramente porque para poder consumir tudo o que nos torna “melhores” e mais “bonitos” é preciso muito dimdim.
Queremos roupas, jóias, cabelos das atrizes de novelas, fazer lipo, turbinar os seios e de quebra somos convencidos também a comer tudo o que tiver apelo marketeiro. Somos eternamente insatisfeitos com nosso corpo e confundimos estética com qualidade de vida e saúde.
Estamos sempre correndo atrás de algo, como se sempre faltasse alguma coisa, e nos sentimos vazios. Todas estas coisas geram muito estresse e um sofrimento emocional muito grande. E adivinha como preenchemos o vazio? É, eu sei, eu sei mas  infelizmente é com a comida.
O grupo musical Titans é muito feliz na letra da sua música “Comida”, quando nos questionam: “Você tem fome de que”? E nos fazem um alerta sobre o fato de que nossas necessidades emocionais também precisam ser saciadas.
Veja este pequeno trecho:
“A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor…”
Partindo do princípio que fome é uma necessidade orgânica e fisiológica e que comida é a energia que precisamos para manter nosso corpo vivo e funcionando, responda você mesmo: Toda vez que você ataca a geladeira ou se alimenta, está realmente com fome?
Veja bem, quando um animal sente sede, ele busca água, quando sente fome, caça seu alimento e come até sentir-se saciado. Nós seres humanos, somos privilegiados, somos inteligentes, temos consciência de nossos atos e também somos dotados de livre arbítrio e poder de escolha. Então, temos tudo para fazer boas escolhas. Porém, somos levamos por nossos desejos e emoções não resolvidas.
Ensino algumas técnicas básicas para meus pacientes poderem se livrar desta armadilha:
- Coma a cada três horas, assim não terá fome exagerada.
- Toda vez que sentir o impulso de comer fora de hora, pergunte-se: Estou com fome ou com vontade de comer? Estou com fome de que? O que me incomoda neste momento? Traga para o consciente a situação e tente resolver.
- E se ainda assim for difícil resistir, tenha sempre a mão alimentos pouco calóricos para dar trabalho para os dentes, uma dica legal é uma maçã picadinha, pepino; e coma devagar! Isso reduzirá a ansiedade pela mastigação.
- Faça uma atividade física para canalizar o estresse (caminhada, musculação, ioga, dançar, etc)
-Alimente também seu espírito, tire um tempo para olhar para dentro de si, para meditar, orar  ou até mesmo contemplar a natureza.
- Seja persistente, estes episódios não duram muito tempo, em média 10 minutos.
Mais um trecho dos Titans: “ Desejo, necessidade, vontade…”
Urgentemente precisamos aprender a lidar com as nossas emoções, pois é muito comum nos alimentarmos compulsivamente, mais por ansiedade do que por fome.  Esperamos que o alimento nos traga novamente uma sensação de bem estar e caímos num ciclo vicioso. E depois o que nos resta é aquela sensação de estufamento, de culpa e enorme ressaca moral.
Lembre-se, emoção resolvida não vira comida!


Artigo Transcrito do site www.ANutricionista.Com

sábado, 15 de janeiro de 2011

O tigre enjaulado


Ele não sabe a força que tem. Ele nem imagina a altura que ele alcança se resolver sair daquele lugar. Ele tem a força de 14 homens fortes e nem sabe disso. Ele está ali, preso nas grades e olhando com os doces olhos cor de mel a vida que acontece lá fora. Homens e mulheres aproveitando o dia para caminhar, crianças que vão com seus pais ver os bichos de pertinho, o fotógrafo que se aproveita da grade para encara-lo bem de perto e e conseguir um close maravilhoso. Quando ele ruge assusta os visitantes que são lembrados do seu poder destruidor. Muitos de nós somos assim, fortes por natureza mas não sabemos o quanto e vivemos acuados em pequenas jaulas que criamos. São as jaulas do medo que nos acorrentam. É o nosso passado, é  o medo do futuro, é o que os outros pensarão. Vivemos infelizes e tensos esperando que um dia tudo vai melhorar. Enquanto isso, deitamos prostrados  em frente nossa gaiola e observamos a vida lá fora. Não temos coragem de escalar os muros, não forçamos as grades, submetemos ao pior dos nossos algozes: nós mesmos.
Lamentamos a vida, a sorte, o destino, o signo...Colocamos a culpa em tudo e em todos e somos vitimas de nós mesmos; nem sabemos como seria correr livre pelos campos, livres para viver, livres para ter uma vida abundante. 
Podemos ser livres, a Biblia nos diz  "se pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João  8.36). 


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Consulta de Rotina 6 meses

Estou chegando agora da UNICAMP. Tomei um chá de espera. Foram muitas horas aguardando a minha vez de ser consultado. Observei muitas pessoas, tive tempo pra isso. Encontro pessoas que já operaram há dois meses, dois anos, cinco anos. Todas têm a mesma conversa. Todos mudaram o enfoque da vida. Muitos ficaram mais bonitos. A vaidade retomou o lugar. Cabelos mais tratados, roupas escolhidas com mais cuidado, acessórios vistosos. Há um cheiro de novo no ar. Parece que há uma redescoberta da vida. Valores que já haviam sido enterrados hoje surgem de uma maneira quase adolescente. Saltos, bolsas, bermudas bem cortadas, blusas e camisas mais alinhadas. Alguns homens tentam resgatar o jovem que ficou perdido no tempo e assumem figurinos no mínimo estranhos. Camisetas sem mangas com bonés e bermudas e coisas do genero. As mulheres no geral, procuram valorizar braços e pernas há muito escondidos em roupas largas.  Sinto que essas pessoas voltaram a fazer as pazes consigo mesmas. Sinto que voltar a olhar para o espelho. É boa a sensação de que ainda somos bonitos e não ter a mais a impressão de que a vida não tem mais nada para nos oferecer. Talvez ninguém ache que estamos assim mudados, mas nos achamos. O manequim menor, a aparência na fotografia, os comentários que fazem os amigos...Ah, isso não tem preço. Noto que alguns estão entusiasmados e dizem isso de uma maneira bem expressiva e outros, que são mais discretos quase nem falam. Me parece que o segundo grupo nem gostaria que soubessem desse passado obeso. É um momento de profunda reflexão onde somos relembrados de quem éramos e reinventar o novo. É um começar de novo. Uma segunda chance que deve ser bem aproveitada. Viva a vida! 

Eu não liguei

Bertolt Brecht (1898-1956) Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários ...