sábado, 11 de setembro de 2010

De onde vêm os conflitos, Correndo atrá do vento

Hoje estava lendo um artigo sobre conflitos e o autor falava de algumas coisas que nos levam à area dos conflitos. Uma dessas coisas é o desejo de ser reconhecido.
 Todos nós temos um desejo de ser reconhecidos e aprovados pelas pessoas. Precisamos saber que estamos adequados ao mundo que vivemos e freqüentamos e para isso estamos dispostos a pagar algum preço para ser aceitos. Se analisarmos bem algumas grifes nem são tão maravilhosas assim, mas, se todos aprovam e fulana de tal usa, acabamos aceitando como sendo uma coisa boa.
Recentemente tivemos um experiência com isso. Nossa filha ganhou um relógio de uma grife famosa de calçados que, claro, não é especialista em relógios. Depois de uns poucos dias de uso quebrou e a tal  loja não assumiu nenhuma responsabilidade dizendo que não poderia dar garantia pela pulseira do o produto. Entrei no Site e expus minhas razões mas, ponto final não fizeram nada a respeito.  Quando ela ganhou tivemos a ilusão, pela embalagem muito bem feita de que era um super presente visto que tinha aquela grife gravada no seu mostrador. Mera ilusão, se fosse comprada em qualquer loja popular teria o mesmo valor e durabilidade mas, a grife dava o glamour que diferenciava dos outros. 
Somos enganados pela aparência das coisas. Queremos, e as vezes fingimos não querer, ser reconhecidos pelo bom gosto daquilo que ostentamos. Nosso celular, nossa bolsa e sapato, nosso perfume. O tipo de queijo e vinho que apreciamos, qual creme e shampoo que nos fazem bem e assim por diante Queremos que vejam que temos  "bala na agulha". Não somos o que somos, somos o que temos.
Muitas vezes não viajamos simplesmente porque queremos descansar e ajuntar boas lembranças dos nossos companheiros. Viajamos para narrar aos outros o destino.Queremos saber o roteiro da moda e nos falat coragem de montar o próprio roteiro.Quem vai querer saber que fiquei num chalé em "Sorococó da Serra"  com meu amorzinho ? Queremos o melhor e esquecemos que vamos juntos conosco em todos os lugares e muitas vezes somos péssimas companhias e o passeio se torna enfadonho e triste.
Somos escolhidos pela tendência e nem temos coragem de escolher o que queremos. A Televisão dita a tendência da moda e a apresentadora assume o papel de juiz para decidir quais roupas ficam nos nosso armários. Há uma forte pressão em globalizar o gosto. Ficamos  com medo de expressar que a calça saruel é esquisita e não é para todos que fica bem. Que a cor nude é sem graça e que hoje eu quero é comer pastel de feira.  É bem complicado ser aceito. É bem difícil nadar contra a maré. 
Essas coisas todas nos escravizam e nos obriga a uma busca insaciável  por uma satisfação que nunca acontece.
Fazemos da nossa vida uma vitrine e ficamos frustrados quando não conseguimos atingir os altos sonhos e expectativas que traçamos para nos mesmos. Se somos tachados de felizers e engraçados temos que representar esse papel "All Time". Tem que ser feliz tempo todo, tempo integral. Não dá para ficar depressivo e amuado. Gente baixo astral não atrai ninguém. 
Perdemos o gosto pelo simples. Não sabemos mais andar na chuva, comer pipoca, fazer pick nick, andar a pé, morrer de rir. Parece discurso de pobre idealista, mas até Salomão fala disso em Eclesiates e chega a conclusão de que é tudo como correr atrás do vento.


Versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)

Eclesiastes - cap. 1

Eclesiastes 1:1 São estas as palavras do Sábio, que era filho de Davi e rei em Jerusalém.
Eclesiastes 1:2 É ilusão, é ilusão, diz o Sábio. Tudo é ilusão.
Eclesiastes 1:3 A gente gasta a vida trabalhando, se esforçando e afinal que vantagem leva em tudo isso?
Eclesiastes 1:4 Pessoas nascem, pessoas morrem, mas o mundo continua sempre o mesmo.
Eclesiastes 1:5 O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez.
Eclesiastes 1:6 O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar.
Eclesiastes 1:7 Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez.
Eclesiastes 1:8 Todas as coisas levam a gente ao cansaço - um cansaço tão grande, que nem dá para contar. Os nossos olhos não se cansam de ver, nem os nossos ouvidos, de ouvir.
Eclesiastes 1:9 O que aconteceu antes vai acontecer outra vez. O que foi feito antes será feito novamente. Não há nada de novo neste mundo.
Eclesiastes 1:10 Será que existe alguma coisa de que a gente possa dizer: "Veja! Isto nunca aconteceu no mundo"? Não! Tudo já aconteceu antes, bem antes de nós nascermos.
Eclesiastes 1:11 Ninguém lembra do que aconteceu no passado; quem vier depois das coisas que vão acontecer no futuro também não vai lembrar delas.
Eclesiastes 1:12 Eu, o Sábio, fui rei de Israel, em Jerusalém.
Eclesiastes 1:13 E resolvi examinar e estudar tudo o que se faz neste mundo. Que serviço cansativo é este que Deus nos deu!
Eclesiastes 1:14 Eu tenho visto tudo o que se faz neste mundo e digo: tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento.
Eclesiastes 1:15 Ninguém pode endireitar o que é torto, nem fazer contas quando faltam os números.
Eclesiastes 1:16 E pensei assim: "Eu me tornei um grande homem, muito mais sábio do que todos os que governaram Jerusalém antes de mim. Eu realmente sei o que é a sabedoria e o que é o conhecimento."
Eclesiastes 1:17 Assim, procurei descobrir o que é o conhecimento e a sabedoria, o que é a tolice e a falta de juízo. Mas descobri que isso é o mesmo que correr atrás do vento.
Eclesiastes 1:18 Quanto mais sábia é uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre.

  
.... e assim vai o texto até que ele chega a conclusão que tudo passa. 
Os conflitos estão dentro do nosso coração. Ninguém pode ser responsabilzado pela nossa alegria.É decisão diária de ser feliz. Vivendo bem com o que se tem. 

Um comentário:

Márcia Toledo Salvaia disse...

Fausto,adorei esta sua postagem..como são sábias as Palavras do Senhor...uma boa semana para você querido amigo...
abraços,
Márcia

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