Acordo mais ou menos 18 horas. Tudo muito estranho. Cida está lá, do meu lado e fala comigo. Quase não entendo nada. Alias nem sei direito o que estou fazendo ali. Quero fazer xixi e não posso me levantar. estou coberto com um cobertor grosso e muito quente. Sinto-me agoniado. Cida me pergunta algo e eu nem entendo direito e falo que não. Falo que le a pode ir embora se quiser. Quero dormir.
Nem entendi que já fui operado.
Dia seguinte, lembro-me que tenho que levantar e andar. ento e não consigo. Tudo está meio fora de eixo. Deito de novo e adormeço. Outro dia e as coisas começam melhorar. Ando pelos corredores acompanhadpo do meu "cachorrinho" (esse é o apelido que eles dão para o dreno que fica pendurado e incomoda pra caramba). Tomo banho com esse dreno, durmo com ele e sou acordado de uma em uma hora para medicação. As noites arrastam-se e algumas vezes vou até a recepção, na madrugada, para folhear uma revista e anadar um pouquinho.
Ninguem fala nada de comida e nem agua. Na minha cama tem uma placa dizendo que ninguem deve levar comida para mim. Encontro com as moças da copa pelos elevadores e quase cometo um ato de loucura. Não é fome, é desejo de comer.
Assim passamos a semana toda. Chegamos na segunda-feira e agora só falta um dia para terminar o jejum.
Venceremos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário