quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Só por hoje





Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitarem.
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
Eclesiastes 3: 1 a 12

A vida nos mostra o quanto isso é verdade nas situações do cotidiano. Há tempos em que os amigos são super colados e sentimos que nada e ninguém vão nos separar e no momento seguinte existe um hiato que, sem explicação, parece que nunca mais seremos os mesmos outra vez. As separações, ainda que provisórias, nos fazem refletir quanto é efêmera nossa vida. Nos faz saber que nada nos pertence e não pertencemos a ninguém. Nos faz lembrar que o hoje é apenas o que temos. O ontem se foi e o amanhã ainda não existe.
Foi nos dado o poder de construir nossa historia no dia de hoje. Só hoje e só por agora. Não podemos planejar porque o nosso coração pode fazer planos e até se preparar mas o realizar não nos cabe.  Até nos sentimos senhores das situações, adultos, estudados, preparados mas o amanhã nem sabemos se virá e os nossos planos terão que ser cancelados. Nem adianta preparar o plano B, porque desse também não somos donos. Os nossos planos não garantem o sucesso das nossas realizações. Se fizermos ou deixamos de fazer é porque nos foi permitido assim. Claro que temos que nos preparar para cada coisa da nossa vida: trabalho, casamento, realizações pessoais. Até para não fazer nada temos que nos preparar  mas não temos a garantia de que vai dar certo. É tão comum ouvirmos frases como essas: Não esperava por isso! Bem hoje que queria fazer tal coisa aconteceu isso!.  Então fica para a próxima. E quem garante que haverá a tal da próxima? 
Nossa vida é cheia de surpresas. O nosso nascimento foi cheio de surpresas. Todos os dias saímos da nossa zona de conforto e até imaginamos o que nos espera, mas nunca temos a certeza de como será o nosso dia.  
Só por hoje vou dizer que te amo. Só por hoje não vou reclamar e te ajudar. Só por hoje vou sair do meu orgulho e te procurar. Só por hoje não vou me entregar aos desejos do meu coração. Só hoje vou relevar e te aceitar.
Só hoje vou seguir a minha dieta. Só hoje vou responder meus e-mails. Só hoje vou ligar para aquela tia que não está bem de saúde. Só hoje vou ficar bonito, vou fazer a barba, vou escolher uma roupa legal e vou te chamar para sair. Só hoje. Amanhã quando o sol nascer e os passarinhos fizerem a algazarra no meu quintal eu saberei que tenho outro hoje para começar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

85 DIAS e tudo bem


São agora 85 dias de pós cirurgia. Parece que nessa altura o corpo e a cabeça já se acostumaram com a nova situação. Engano. Cada dia é um novo dia. Tem dias que tudo vai bem e tem dias em que nada vai bem.   Alimentação continua sendo um mistério ainda pois, às vezes, a mesma comida que foi bem aceita provoca uma reação estranha. Não posso nunca relaxar na preparação. Alimento requentado nem sempre é bem aceito. Arroz tem que ser fresquinho. Carne deve ser cozida e os outros alimentos vamos descobrindo no dia a dia. O fato é que o enfoque da vida não é mais a comida. Hoje consigo administrar bem essa"neura" de querer mais do que posso. Como para me alimentar. Me alimento com a comida que escolhi e assim a minha relação com ela fica mais interessante. Consigo circular bem nos ambientes em que há muita comida sem que eu me sinta privado e agredido. Claro que de vez em quando a cabeça entende que pode tudo e exagera no comando das mãos e acabo me excedendo na composição do prato o quer resulta em sobra. Hoje tem sido mais tranqüilo ir a uma festa e reuniões porque não me sinto culpado em apreciar uma fatia de bolo ou uma torta. É muito bom poder abandonar a culpa.Tudo exige paciência e controle. Não posso me jogar somente nas situações, tenho que me preparar para elas. Isso dás trabalho mas o resultado é delicioso.  

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Natureza nos brinda diariamente

Não resisti. Hoje, quando fui levar minha filha para a escola e passei por essa rua, tive que voltar e buscar a câmera fotográfica.É um espetaculo lindo demais para ficar só na minha mente, preciso compartilhar. Deus é incrivelmente criativo e caprichoso. Pare um pouquinho para "saborear" das coisas lindas que existem na sua volta. Isso não tem preço.
Bom dia!

sábado, 11 de setembro de 2010

De onde vêm os conflitos, Correndo atrá do vento

Hoje estava lendo um artigo sobre conflitos e o autor falava de algumas coisas que nos levam à area dos conflitos. Uma dessas coisas é o desejo de ser reconhecido.
 Todos nós temos um desejo de ser reconhecidos e aprovados pelas pessoas. Precisamos saber que estamos adequados ao mundo que vivemos e freqüentamos e para isso estamos dispostos a pagar algum preço para ser aceitos. Se analisarmos bem algumas grifes nem são tão maravilhosas assim, mas, se todos aprovam e fulana de tal usa, acabamos aceitando como sendo uma coisa boa.
Recentemente tivemos um experiência com isso. Nossa filha ganhou um relógio de uma grife famosa de calçados que, claro, não é especialista em relógios. Depois de uns poucos dias de uso quebrou e a tal  loja não assumiu nenhuma responsabilidade dizendo que não poderia dar garantia pela pulseira do o produto. Entrei no Site e expus minhas razões mas, ponto final não fizeram nada a respeito.  Quando ela ganhou tivemos a ilusão, pela embalagem muito bem feita de que era um super presente visto que tinha aquela grife gravada no seu mostrador. Mera ilusão, se fosse comprada em qualquer loja popular teria o mesmo valor e durabilidade mas, a grife dava o glamour que diferenciava dos outros. 
Somos enganados pela aparência das coisas. Queremos, e as vezes fingimos não querer, ser reconhecidos pelo bom gosto daquilo que ostentamos. Nosso celular, nossa bolsa e sapato, nosso perfume. O tipo de queijo e vinho que apreciamos, qual creme e shampoo que nos fazem bem e assim por diante Queremos que vejam que temos  "bala na agulha". Não somos o que somos, somos o que temos.
Muitas vezes não viajamos simplesmente porque queremos descansar e ajuntar boas lembranças dos nossos companheiros. Viajamos para narrar aos outros o destino.Queremos saber o roteiro da moda e nos falat coragem de montar o próprio roteiro.Quem vai querer saber que fiquei num chalé em "Sorococó da Serra"  com meu amorzinho ? Queremos o melhor e esquecemos que vamos juntos conosco em todos os lugares e muitas vezes somos péssimas companhias e o passeio se torna enfadonho e triste.
Somos escolhidos pela tendência e nem temos coragem de escolher o que queremos. A Televisão dita a tendência da moda e a apresentadora assume o papel de juiz para decidir quais roupas ficam nos nosso armários. Há uma forte pressão em globalizar o gosto. Ficamos  com medo de expressar que a calça saruel é esquisita e não é para todos que fica bem. Que a cor nude é sem graça e que hoje eu quero é comer pastel de feira.  É bem complicado ser aceito. É bem difícil nadar contra a maré. 
Essas coisas todas nos escravizam e nos obriga a uma busca insaciável  por uma satisfação que nunca acontece.
Fazemos da nossa vida uma vitrine e ficamos frustrados quando não conseguimos atingir os altos sonhos e expectativas que traçamos para nos mesmos. Se somos tachados de felizers e engraçados temos que representar esse papel "All Time". Tem que ser feliz tempo todo, tempo integral. Não dá para ficar depressivo e amuado. Gente baixo astral não atrai ninguém. 
Perdemos o gosto pelo simples. Não sabemos mais andar na chuva, comer pipoca, fazer pick nick, andar a pé, morrer de rir. Parece discurso de pobre idealista, mas até Salomão fala disso em Eclesiates e chega a conclusão de que é tudo como correr atrás do vento.


Versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)

Eclesiastes - cap. 1

Eclesiastes 1:1 São estas as palavras do Sábio, que era filho de Davi e rei em Jerusalém.
Eclesiastes 1:2 É ilusão, é ilusão, diz o Sábio. Tudo é ilusão.
Eclesiastes 1:3 A gente gasta a vida trabalhando, se esforçando e afinal que vantagem leva em tudo isso?
Eclesiastes 1:4 Pessoas nascem, pessoas morrem, mas o mundo continua sempre o mesmo.
Eclesiastes 1:5 O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez.
Eclesiastes 1:6 O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar.
Eclesiastes 1:7 Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez.
Eclesiastes 1:8 Todas as coisas levam a gente ao cansaço - um cansaço tão grande, que nem dá para contar. Os nossos olhos não se cansam de ver, nem os nossos ouvidos, de ouvir.
Eclesiastes 1:9 O que aconteceu antes vai acontecer outra vez. O que foi feito antes será feito novamente. Não há nada de novo neste mundo.
Eclesiastes 1:10 Será que existe alguma coisa de que a gente possa dizer: "Veja! Isto nunca aconteceu no mundo"? Não! Tudo já aconteceu antes, bem antes de nós nascermos.
Eclesiastes 1:11 Ninguém lembra do que aconteceu no passado; quem vier depois das coisas que vão acontecer no futuro também não vai lembrar delas.
Eclesiastes 1:12 Eu, o Sábio, fui rei de Israel, em Jerusalém.
Eclesiastes 1:13 E resolvi examinar e estudar tudo o que se faz neste mundo. Que serviço cansativo é este que Deus nos deu!
Eclesiastes 1:14 Eu tenho visto tudo o que se faz neste mundo e digo: tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento.
Eclesiastes 1:15 Ninguém pode endireitar o que é torto, nem fazer contas quando faltam os números.
Eclesiastes 1:16 E pensei assim: "Eu me tornei um grande homem, muito mais sábio do que todos os que governaram Jerusalém antes de mim. Eu realmente sei o que é a sabedoria e o que é o conhecimento."
Eclesiastes 1:17 Assim, procurei descobrir o que é o conhecimento e a sabedoria, o que é a tolice e a falta de juízo. Mas descobri que isso é o mesmo que correr atrás do vento.
Eclesiastes 1:18 Quanto mais sábia é uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre.

  
.... e assim vai o texto até que ele chega a conclusão que tudo passa. 
Os conflitos estão dentro do nosso coração. Ninguém pode ser responsabilzado pela nossa alegria.É decisão diária de ser feliz. Vivendo bem com o que se tem. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diabéticos usam menos remédios após cirurgia bariátrica

De acordo com um artigo publicado na edição de agosto do jornal Archives of Surgery, a cirurgia bariátrica pode estar associada com a redução de medicamentos e, consequentemente, de custos para pacientes com diabetes tipo 2. Durante um período de quatro anos, entre 2002 e 2005, o autor do estudo Martin A. Makary, juntamente com sua equipe da Johns Hopkins Bloomberg Scholl of Public Health, em Baltimore, nos Estados Unidos, estudou 2.235 adultos diabéticos tipo 2, com idade média de 48 anos, que foram submetidos a cirurgias bariátricas. A pesquisa utilizou as reivindicações dos pacientes para medir o uso de medicamentos para diabetes e as mudanças com os gastos em saúde por ano, antes e depois da cirurgia. 
Entre os pacientes avaliados, 85% estavam tomando pelo menos um medicamento para diabetes depois da cirurgia. Seis meses depois da cirurgia, 74,7% dos pacientes haviam eliminado seus medicamentos para diabetes. Já um ano após a cirurgia, dos 1.847 pacientes com dados disponíveis, 1.489 eliminaram as medicações. Depois de dois anos, 906 dos 1.702 pacientes com dados disponíveis tinham feito o mesmo. Essa redução foi observada em todas as classes de medicamentos para diabetes. 

Segundo Makary, foi observado que esta independência dos medicamentos para diabetes foi quase imediata nos meses iniciais depois da cirurgia e não tiveram relação com a perda de peso gradual esperada. "Isso apoia a teoria que a resolução do diabetes não é apenas pela perda de peso, mas também é mediada por hormônios gástricos, como os três maiores indicadores: peptídeo YY, peptídeo Glucagon e polipeptídeo pancreático", explica o pesquisador. Ele completa, "Como um conhecido mediador de regulação da insulina, os níveis do peptídeo Glucagon aumentaram imediatamente após a cirurgia bariátrica e podem explicar por que os cirurgiões têm notado o completo desaparecimento do diabetes, em alguns casos".  
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada cinco segundos, uma pessoa descobre que tem diabetes. Estima-se que mais de 246 milhões de pessoas no mundo já tenham a doença, existe a previsão de que até 2025 este número suba para 380 milhões. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes, estima que aproximadamente sete milhões de pessoas, com mais de 18 anos, têm a doença. A entidade mapeou o perfil dos diabéticos no país através de um estudo, e constatou que cerca de 11% dos brasileiros são diabéticos e o pior de tudo é que 60% não sabem que têm a doença. 
Extraido de www.minhavida.com.br

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)

O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

Continue andando

Às vezes o caminhar é lento, mas o importante é não parar.

Mesmo um pequeno progresso é um avanço na direção certa. E qualquer um é capaz de fazer um pequeno progresso.

Se você não pode conquistar algo importante hoje, conquiste algo menor. Pequenos riachos se transformam em rios poderosos.

Continue em frente. O que de manhã parecia fora do alcance, pode ficar mais próximo à tarde se você continuar em frente.

O tempo que usar trabalhando com paixão e intensidade aproximará você do seu objetivo.

É bem mais difícil começar de novo se você pára completamente. Então, continue em frente. Não desperdice a chance que você mesmo criou.

Existe algo que pode ser feito agora mesmo, ainda hoje. Pode não ser muito, mas fará com que você continue no jogo.

Caminhe rápido enquanto puder. Caminhe lentamente quando for preciso.

Mas, seja o que for, continue andando.

Esse texto não é meu,mas gostei dele.

Estamos indo.Continuando a caminhada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Reecontro

Agora estou conseguindo me olhar de frente. Estou me reencontrando.
Existe na mente uma figura pré estabelecida ou construída de quem você realmente é. Não adianta espelho, pessoas dizerem e nenhum outro tipo de informação. Você é o que pensa que é.
É certo que foi construída essa imagem ao longo dos anos; Comentários, observações esquisitas, o seu próprio sentimento de amor equivocado e outras coisa mais. Chega um momento que você resolve "colar" o rotulo: Eu sou assim. Enquanto isso não acontece você vai lutando contra a maré e escapa daqui, foge dali mas, sobrevive. Comprar roupa só porque tem um evento e a frustração é demais. Provador apertado e o numero não condiz com a peça que você gostou.  Começa achar normal ser motivo das piadinhas.
Primeiro é porque não namora? Depois é não vai casar? Não tem filho? Chii, esse cara é esquisito.É gordo. É muito magro. Está doente? Qual é a dele(a)?
O assunto que une as pessoas, no caso dos homens, é futebol e no caso de você nem ligar pra isso é um outro fator determinante de quem você é ou não é.
 Dá um grande trabalho viver dando explicações e justificando as más atitudes. Explosivo, pavio curto e outros tantos "atributos" que são agregado a essa criatura. 
Ai então, você se olha numa foto e fala: Té que cê não é ruim não? E ai pronto, ´um outro momento e a vida recomeça de uma maneira diferente.
Se vai passar esse momento de descoberta  não sei, por enquanto estou achando ótimo. Então vamos vivendo um dia de cada vez.

Eu não liguei

Bertolt Brecht (1898-1956) Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários ...